É possível ouvir aos fundos do vídeo do prefeito Victor Coelho, em que ele comunica a decisão de voltar atrás na demissão de mais de 1,5 mil professores DTs e estagiários, o som da manifestação que acontecia bem em frente às portas do Palácio Bernardino Monteiro, Centro de Cachoeiro.

Do lado de fora, na tarde de quinta-feira (16), dezenas de professores, acompanhados de lideranças do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindimunicipal), se reuniram para protestar contra o desligamento dos funcionários contratados.

Enquanto acontecia a manifestação, o vídeo do prefeito foi produzido e divulgado nas redes sociais.

Por um momento, o som deste vídeo foi colocado nas caixas de som no meio da manifestação para que todos os professores pudessem ouvir. Nele, o chefe do executivo garantia a revogação da demissão de professores e ainda afirmava que iria cortar seu próprio salário em função da crise causada pela pandemia do coronavírus.

É natural pensar que os manifestantes ficariam satisfeitos e se dispersariam, correto? Não. Pelo contrário. Havia uma desconfiança no ar. Como bem diz a frase criada por algum pensador maluco: “Algo de errado não está certo”.

Enquanto o prefeito discutia a crise dentro do palácio e o pau quebrava do lado de fora, no mesmo horário, acontecia outro encontro. Desta vez, nas instalações da Câmara Municipal envolvendo mais um grupo de professores e vereadores.

Na frente dos professores, os vereadores Renata Fiório, Carlinhos Miranda, o presidente Alexon Cipriano, Wallace Marvila, Diogo Lube, Antônio Geraldo e Alexandre Bastos tentavam acalmar os ânimos e encontrar uma solução.

Nesta sexta-feira (17), muita gente abriu o Diário Oficial do município para ver se saiu alguma coisa a respeito das demissões ou dos cortes de salários, no entanto nenhuma linha foi publicada sobre o assunto. Até às 12h30 nenhuma informação oficial foi confirmada pela assessoria de imprensa.

Todos estão atentos para acompanhar os próximos capítulos desse estranho enredo. E nesta sexta-feira ainda tem mais uma manifestação no centro da cidade organizada pelos comerciantes para a reabertura do comércio.