A empresa contratada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) iniciou esta semana os trabalhos de contenção da encosta no Morro do Cristo, em Mimoso do Sul. Pedras correm risco de desmoronar do morro, ameaçando moradores e o Hospital Apóstolo Pedro.
De acordo com o DER, além da contenção tradicional feita com concreto, a empresa vai utilizar barreiras de impacto com tecnologia suíça que tem a função de reter blocos de pedra e terra que por acaso descerem do morro em direção aos imóveis mais abaixo.
Segundo o diretor geral do DER, Luiz Cesar Maretto Coura, as barreiras de impacto são uma espécie de cerca feita com malha de aço flexível e muito resistente que segura a pedra, como se fosse uma rede.
Segundo equipe técnica da empresa Sope, responsável pela contenção em Mimoso, é uma tecnologia que é muito empregada nos Alpes suíços e também nas encostas do Rio de Janeiro.
Maretto informou que a encosta também receberá um sistema de contenção de concreto denominada de contraforte, que consiste em ancorar as rochas maiores para que elas não se desprendam da montanha.
O diretor geral do DER ressaltou que é uma obra foi contratada de forma emergencial em função do risco de desbamento. Laudo emitido pela Defesa Civil Estadual orienta a retirada imediata de 75 famílias e a desocupação do Hospital Apóstolo Pedro.
“O prefeito e a Câmara de Vereadores, além da diretoria do hospital, solicitaram a ajuda do governador, que se sensibilizou com a situação e determinou que iniciássemos os trabalhos o mais rápido possível”, explicou.
A equipe que atua na encosta em Mimoso, segundo Maretto, faz nestes dias medições e outros levantamentos para definir o volume de material que será usado e o custo total da obra, que deverá ser executada em seis meses.
O prefeito de Mimoso do Sul, Angelo Guarçoni, visitou a obra e disse que os trabalhos representam alívio para a população.
“O início dos trabalhos dissipou bastante nossas preocupações, pois seria um transtorno irremediável para o hospital e para a população a evacuação. São 75 famílias ameaçadas e a melhor solução é a contenção”, explicou o prefeito.