A pandemia do novo coronavírus ainda não terminou, mas este Dia dos Pais promete ser mais acolhedor para pessoas em tratamento de câncer do que o do ano passado, quando filhos tiveram que matar a saudade dos entes queridos por videochamada.

De acordo com o médico radioterapeuta Augusto Freitas, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), visitas presenciais podem ocorrer, desde que observados alguns cuidados, principalmente os relacionados à vacinação, em função da melhora no Mapa de Risco no Espírito Santo, hoje com 73 cidades em risco baixo e 5 no moderado.

“A vacinação está caminhando no Estado e no País, permitindo que os pais que já tomaram as duas doses do imunizante contra a covid-19 sejam visitados por seus filhos”, explica o médico.

O especialista destaca que encontros presenciais não dispensam cuidados com a higiene das mãos e uso de máscaras.

“Ainda é prudente usar a máscara. A tão discutida imunização coletiva ou de rebanho, situação em que existe diminuição da propagação por conta da imunidade decorrente de infecções prévias da população ou vacinações realizadas, apresenta valores não precisos. Israel dispensou o uso da proteção em locais abertos com 60% da população vacinada com duas doses. Existe quem defenda o número de 40% ou 50%”, disse.

Mas mesmo entre parentes é preciso usar a máscara? “Se os filhos já tiverem recebido a segunda dose da vacina, não vejo problema em dispensar a proteção”, diz o médico.

Segundo Augusto Freitas, um cuidado necessário é evitar o compartilhamento de pratos, talheres e utensílios no almoço de Dia dos Pais, uma vez que a covid-19 é uma doença com alto poder de transmissibilidade.

Pessoas gripadas

Em casos de pessoas gripadas, a recomendação é evitar os encontros presenciais, mantendo o distanciamento e o uso de máscaras.

“Na presença de pai com imunidade prejudicada, transplantado, em uso de corticoide, imunossupressores ou em quimioterapia, mesmo com uso de máscaras, pessoas com sintomas gripais devem evitar o encontro, pois eles podem indicar outras doenças além da covid”, orienta o médico.