Entre janeiro e junho de 2025, o Espírito Santo registrou 16.098 internações por doenças cardiovasculares e 8.854 hospitalizações por problemas cardíacos.
Só em 2024, foram mais de 32 mil internações ligadas ao coração. As principais causas são insuficiência cardíaca, infarto e doença hipertensiva.
Os óbitos também preocupam. No ano passado, 8.149 pessoas morreram por doenças cardiovasculares.
Em 2025, até 9 de setembro, já são 4.622 mortes. Quando analisados apenas os problemas cardíacos, foram 3.667 óbitos em 2024.
Este ano foram 2.061, com destaque para infarto agudo do miocárdio e doença isquêmica crônica.
Esses números chamam atenção justamente no Dia Mundial do Coração, lembrado nesta segunda-feira (29), e expõem um cenário que já afeta pessoas cada vez mais jovens.
Casos mais cedo e silenciosos
O cardiologista Werther Mônico Rosa, da Secretaria da Saúde (Sesa), alerta que os riscos aumentam após os 50 anos, mas maus hábitos e histórico familiar estão antecipando os casos.
Ele destaca o crescimento de infartos em pessoas com menos de 50 anos. Segundo o especialista, as doenças cardiovasculares costumam evoluir de forma silenciosa e só aparecem quando já estão avançadas, o que dificulta o diagnóstico precoce.
Principais fatores de risco
Entre os motivos mais comuns que levam às doenças do coração estão:
– Pressão alta;
– Colesterol elevado;
– Diabetes
– Tabagismo;
– Sedentarismo;
– Obesidade;
– Histórico familiar;
– Consumo excessivo de álcool;
– Estresse.
Prevenção passa por rotina saudável
O médico reforça que mudar hábitos é mais eficaz que tratar consequências. Ele recomenda:
– Alimentação rica em frutas, legumes, verduras, fibras e peixes;
– Evitar ultraprocessados, excesso de sal, açúcar e gordura saturada;
– Prática regular de atividade física (mínimo de 150 minutos por semana);
– Fortalecimento muscular a partir dos 50 anos;
– Parar de fumar, com apoio médico ou terapias em grupo.
Infarto: atenção aos sinais
O infarto ocorre quando o sangue deixa de chegar ao coração por obstrução de uma artéria. Os sintomas mais comuns são:
– Dor ou pressão forte no peito;
– Irradiação para braço esquerdo, costas, mandíbula ou estômago;
– Suor frio, náusea e falta de ar;
– Mulheres, idosos e pessoas com diabetes podem ter sintomas mais leves e atípicos, o que exige atenção redobrada.
Quando procurar um cardiologista
Consultas de rotina ajudam a monitorar pressão, colesterol e glicemia. A recomendação é iniciar as avaliações a partir dos:
– 40 anos para homens;
– 50 anos para mulheres;
– Antes disso, se houver histórico familiar.
Em geral, pacientes estáveis podem se consultar uma vez por ano. Já quem tem insuficiência cardíaca ou quadro grave pode precisar de acompanhamento mais frequente.
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