Uma doença, na maioria das vezes silenciosa, tem atingido muitos brasileiros, principalmente aqueles que não têm hábitos alimentares saudáveis e levam uma vida sedentária. No próximo sábado (14), é o Dia Mundial da Diabetes, data que é marcada para alertar a população sobre os riscos da doença.
A endocrinologista e preceptora da residência de Clínica Médica da Santa Casa de Misericórdia Cachoeiro, Iara do Vale Machado, explica o paciente deve ficar atento a alguns sinais enviados pelo corpo e que podem identificar o diabetes.
Segundo ela, são a sede constante, urinar muito, emagrecimento, visão turva e fadiga. Nesses casos, a orientação é sempre buscar ajuda de um médico especialista.
Além disso, é preciso também ter um cuidado reforçado com a alimentação. “Com o diagnóstico do diabetes, é necessário evitar alimentos que contenham açúcar e moderar na ingestão de carboidratos, como pão, biscoitos, arroz, macarrão e batata”, ensinou.
Outras dicas é buscar ajuda de um nutricionista para que ele possa planejar melhor a alimentação. “E sempre fazer atividade física regular como 150 minutos por semana e procurar manter-se no peso adequado”.
A endocrinologista alerta para os fatores que podem contribuir para o surgimento do diabetes. São eles: obesidade, sedentarismo e histórico familiar de parentes com a doença.
Doença
Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz.
A insulina é um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.
Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue fica alto – a famosa hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.
Existem 2 tipos principais de diabetes: tipo 1 e 2. O diabetes tipo 1 acomete crianças e adolescentes e sempre serão tratados com insulina.
O diabetes tipo 2 acomete adultos e tem mais relação com a obesidade. O tratamento pode ser feito com comprimidos que estimulam a produção de insulina ou que melhorem a ação da insulina no corpo.
Também pode ser feito com medicamentos injetáveis semanais ou diariamente para melhor ação da insulina e auxiliar na redução de peso. Em alguns casos também podemos utilizar a insulina.
“A melhor escolha é individual é feita pelo endocrinologista que atende o paciente, mas o mais importante é se cuidar. Hoje em dia temos várias tecnologias como aplicativos, sensores medidores de glicose e bomba de insulina que melhoram o controle e trazem mais conforto ao paciente”, completa a médica.