Conheci a Lua quando ela tinha apenas 8 anos de idade. Ela estudava em escola unidocente, localizada em região interiorana e serrana, onde o vento é cortante no inverno e o sol brilha com intensidade no verão.
Tão logo aprendeu a ler, Lua passou a pegar uns livrinhos na escola para lê-los em sua casa. Mas a instituição escolar possuía apenas cinco livros de literatura infantil. Porém, ela não se importava com essa quantidade.
A menina, persistente em suas leituras, pegava os mesmos livros toda semana. Repetia, incansavelmente, as mesmas leituras. Mas, em sua inocência de leitora infantil, não percebia que em cada nova leitura ela tinha novas interpretações daquelas belas e repetidas histórias.
Ela sempre me encantou, pois era apenas uma jovenzinha ávida por livros. E nunca se importou com a repetição de leituras das mesmas obras literárias. Apenas queria viajar por suas páginas.
Lua foi crescendo. Conheceu outras escolas. E, finalmente, conheceu pequenas bibliotecas com dezenas de livros. O que lhe parecia um mundo encantado. Sua avidez por livros e viagens literárias só aumentava.
Lua, então, passou a escrever pequenos textos. Mal sabia a que tipo ou gênero os seus textos pertenciam. Na verdade, nem sabia que suas palavras escritas já formavam belos textos.
Mas alguém lhe disse certa vez: “Lua, que poesias lindas”. Pronto. Agora, ela era uma poeta.
Lua: leitora, escritora e poeta.
Viva o livro! Viva o Dia Mundial do livro!