Um casamento ou união estável normalmente são cercados de expectativa pelos noivos.
Passam meses planejando o grande dia… decoração da igreja, roupa a usar do cartório, escolha dos padrinhos, imóvel onde irão morar, etc.
O grande problema é que esquecem de conversar sobre assuntos que são de suma importância para a manutenção do relacionamento.
Não falam de rotinas domésticas, finanças, filhos, opções religiosas…Afinal, estão tão envolvidos com a “decoração da igreja” e com outras questões que isso fica para depois.
E lá na frente é que se dão conta que estes “detalhes” nunca foram conversados. E aí já estão casados e com um “elefante” no meio da sala.
Minha experiência demonstra que a maioria dos problemas que levam ao fim do casamento existiam desde o namoro. Se tivessem sido encarados de frente, ou sequer teria havido casamento ou teriam sido resolvidos e o casamento não teria este desfecho.
E não estou falando de casamento de um ano de duração não… Incluo neste “pacote” casamentos longos, de dez anos ou mais.
Mas o casal, “anestesiado” pela paixão, acha que as coisas vão mudar.
Não. Não mudarão.
Se a mulher era workaholic antes do casamento, dificilmente ela se transformará numa dona de casa dedicada.
Se o homem odeia a ideia de ter filhos, provavelmente, ele não vai mudar depois de assinar um papel. O que é um papel, afinal?
Se a vida sexual já era morna… com o casamento, a tendência é esfriar mais ainda.
Não há mágica. Um papel assinado, seja de casamento, seja de união estável, não transforma as pessoas.
Portanto, pensem bem.
Casamento ou união estável são coisas sérias e não devem ser encarados como descartáveis.
São marcos na vida das pessoas.
Envolvimento de duas famílias.
Óbvio que ninguém deve sem manter junto a outrem estando infeliz, mas na maioria das vezes, se as pessoas encarassem as questões de frente antes de tomar a decisão, muitas uniões nem iniciariam.
Afinal, em sua maioria, não é a morte que separa o casal e sim, a própria vida.