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Do que você tem medo?

escritoras-cachoeirenses2-07-01-23
Escritoras Cachoeirenses

As pessoas tem medo de muitas coisas, quase sempre de algum bicho. O que acho engraçado, nesse tipo de medo (aquele medo rotineiro), é que normalmente não tem lógica, medo de barata, por exemplo, mas não estou aqui para julgar os medos das pessoas, apenas para contar-lhe um “causo”, como teria dito meu avô.

Diferente das pessoas, tenho pouquíssimo medo e, igual a elas tenho um medo besta, sem sentido, mas óbvio que não vou relatar aqui, pois uma ideia alimentada pelo meu medo é de que as pessoas poderiam usá-lo contra mim. Então, também não conto.

Poucas pessoas conhecem Cachoeiro como eu, é sim uma terra quente, com traços de interior e tratada como grande cidade, uma bela mistura. Mas, o que a maioria não sabe é que Cachoeiro guarda relíquias históricas escondidas no coração dos mais velhos.

Além dessas histórias, o que mais amo em Cachoeiro são nossas montanhas. Para canto que se olha tem uma montanha e em cada uma delas, uma história. Há sempre um senhorzinho enrugado ou uma senhorinha sorridente com um causo para contar.

Muitas dessas pessoas marcam a história do lugar e, a meu ver, deveria ser preservado e passado às próximas gerações como um patrimônio histórico, como é o caso do Senhor Caramba, que dá nome à Pedra do Caramba. Sobre o lugar, cada um conta uma história diferente, mas fato é que quem sobe aquela montanha e ouve essa história nunca mais tem o mesmo olhar comum sobre o lugar, mas essa é uma história para outro dia.

Um desses locais cheios de história são os trilhos de trem, lendas e locais cheios de medo, mas, para mim, um lugar cheio de história. Em uma dessas trilhas, num ponto específico, caminhávamos falantes eu e duas amigas, quando por uma fração de segundos minha amiga que estava na frente desviou de algo como se tivesse levado um esbarrão. No mesmo impulso, eu e minha amiga que estávamos atrás abrimos caminho, nos afastando uma da outra para alguém passar, mas não havia ninguém, foi algo automático.

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Sem entender, minha amiga que estava à frente se virou rapidamente, perguntando:

– O que houve?

– Não sei. Respondi, enquanto minha outra amiga me olhava assustada, já que ela acredita em assombração, curupira, saci e muitos outros.

Na mesma rapidez que nos afastamos, enquanto nos perguntávamos o que houve, assistimos ao mato às nossas costas se abrindo por causa dos passos de alguém que caminhou até a casa local, no meio do mato e habitada por alguém e, mesmo com som ligado, era possível ouvir os cacarejos das galinhas enquanto a “pessoa” se aproximava da casa.

Minha amiga que acredita em assombração disparou pelos trilhos as pressas, a outra fez silêncio total e eu, um tanto quanto cética, conto a vocês o que vi, embora eu não acredite em assombração, esse é um lugar para o qual voltei algumas vezes e, nessas ocasiões, lidei com situações curiosas e que me fizeram pensar.

Além da beleza dos trilhos cachoeirenses, quais histórias esses lugares guardam? Quero encontrar um velhinho enrugado ou uma senhorinha sorridente e falante para me contar.

Mércia Souza. Mãe, avó, artesã e escritora. Autora de dois livros publicados e participação em várias antologias. Sonho com um mundo melhor para nós mulheres

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