Com direção de Dhyovaine Nascimento, o documentário “Em cada recanto tem seu encanto” gira em torno da antiga aldeia de Reritiba, atual município de Anchieta, no sul do estado, e registra cinco pontos específicos a partir de uma abordagem que passa pela cultura, arte e história do povo anchietense.
A produção, lançada recentemente, foi contemplada em 2022 pelo edital municipal Prêmio Anchieta de Arte e Cultura, da Prefeitura de Anchieta, fruto de parceria com a Secretaria da Cultura (Secult), por meio do programa de coinvestimento Fundo a Fundo da Cultura.
O diretor Dhyovaine Nascimento afirma que a sensibilidade é o principal aspecto do documentário. “Não apresentamos o verniz de uma cidade, a casca vazia de uma atração turística nem a imagem fossilizada de cinco pontos no mapa. Nossa ideia é apostar em sua alma, ou seja, nas pessoas que vivem em recantos de Anchieta. Apresentar suas tradições culturais de belíssimo conteúdo imagético e histórico-cultural, na poética das imagens, pessoas e espaços. Enfim, são quadros da história e das estórias de Anchieta”, ressalta.
Conduzido por um roteiro cheio de cores e emoções, o documentário apresenta essas histórias e estórias que, ao longo do tempo, perderam suas características originais. O filme, portanto, tem como objetivo resgatar e relembrar fatos, além de servir como registro do empenho daqueles que estudam ou conhecem os mais diversos fatos históricos e culturais ligados à cidade.
Historiadora e professora, Maria José dos Santos Cunha afirma que o documentário possui diversas finalidades, entre elas a de resgatar, preservar e divulgar comunidades com tradições culturais marcantes. “Outra vertente é a de produzir um material que professores possam utilizar nas escolas para trabalhar a história local e que os setores do turismo e da cultura do município possam usar como material em exposições e mostras para visitantes”, acrescenta a historiadora.
Além de estar disponível gratuitamente no YouTube, o documentário “Em cada recanto tem seu encanto” será exibido nas comunidades retratadas e também será disponibilizado para bibliotecas de escolas públicas municipais e estaduais.
O objetivo é fazer do filme um instrumento de ensino, promovendo a cultura e o turismo. “O documentário, que apresenta um retrato da trajetória de luta do povo e da regionalização de sua identidade, também pode ser discutido em sala de aula com professores de outras disciplinas, como sociologia e história”, completa Dhyovaine Nascimento.