A escolinha de futebol do Estrela do Norte, reaberta após 10 anos, está a pleno vapor e encerra as atividades do ano no dia 16 de dezembro, mas retorna com força total em 2022, informa o coordenador do projeto e diretor de base do Clube Anderson Grasseli, professor de Educação Física.
Os treinos são no Estádio do Sumaré e 60 meninos e seis meninas se dedicam aos treinos com o sonho de se tornarem jogadores profissionais.
Entre os alunos Mauro, de seis anos, e Elias, de oito, netos de Elias Ayres da Silva, o Batata, estrelense desde 1968, que jogou na categoria profissional do clube entre os anos de 1977 e 1979.
O avô coruja faz questão de acompanhar de perto os netos na escolinha do seu time do coração e que faz parte de sua história pessoal e profissional.
Elias é um dos três “Batatas” que fez parte da história do Estrela do Norte desde a escolinha e destaca que tem muito orgulho de ser hoje do time dos veteranos do clube.
As lembranças do início no clube são inesquecíveis, segundo Batata. Ele conta que ainda se lembra que jogavam com roupas de um tecido chamado carne seca, e que quem fazia os uniformes eram as filhas do treinador, “seo” Zezinho.
Elias “Batata” lembra ainda que no final de cada jogo eles ganhavam um pacotinho de amendoim torrado, ou uma laranja descascada, ou um refrigerante caçulinha.
“A gente vinha cedo, limpava o campo para só depois jogar. Quando chovia era muito difícil porque a gente tirava muito barro. Mas a gente fazia isso na maior alegria. O Estrela era, e é, a nossa vida”.
O veterano conta que lembra de todas as dificuldades que já passaram juntos por amar o Estrela do Norte. “Estou no Estrela há 53 anos. Até hoje tenho vínculos muito fortes com o clube. Hoje trago meus netos Mauro, de seis anos, e Elias Neto, de oito, para treinar na escolinha. As lembranças voltam e tudo é muito gratificante”.