Foram seis meses apreendendo drogas e armas, cumprindo mandados de prisão, atendendo casos de violência doméstica, recuperando veículos roubados, detendo suspeitos, registrando todo tipo de ocorrências e realizando diversas operações. Essas ações resumem o dia a dia dos policiais militares da 15ª Cia Independente, comandada pelo Major Cavatti, com uma equipe trabalhando em quatro muncípios do estado do Espírito Santo.
Nesta entrevista, major Cavatti faz um balanço do primeiro semestre de 2023 e deixa um recado. Confira:
Quantas e quais unidades (municípios) a 15ª cia da PM comanda?
A 15ª Cia Independente, criada em 20 de junho de 2018, comanda quatro Pelotões distribuídos da seguinte forma: 1° Pelotão Mimoso do Sul, 2° Pelotão Muqui, 3° Pelotão Atílio Vivacqua e 4° Pelotão Apiacá, além do pelotão de Força Tática/k9 que atua em todos os municípios.
Qual deles tem maior número de crimes registrados?
Mimoso do Sul, com um total de 4421 ocorrências atendidas no período dentre janeiro e agosto deste ano. Temos que considerar que entre os quatro municípios ele é o maior em extensão territorial e população.
Qual a média diária de ocorrências atendidas?
No período compreendido entre janeiro e agosto de 2023 tem-se uma média diária de 46 ocorrências atendidas.
Quais os tipos de crimes mais comuns nestas regiões?
Violência doméstica e furto.
Por que tanta violência doméstica nessas regiões? O que explicaria esses crimes?
Cultura machista de violência contra a mulher, geralmente de trabalhadores rurais com pouco estudo e uma deficiência na formação familiar. Temos muitos registros inclusive de violência sexual contra a criança e o adolescente nessa mesma linha.
Qual o maior desafio atual nas regiões coordenadas por esta companhia?
A proximidade com o Rio de Janeiro e a grande área de extensão rural não pavimentada geram dificuldades tanto no atendimento das ocorrências como dificultam o trabalho preventivo. O apoio da população em denunciar crimes nessas regiões é primordial para um policiamento eficaz.
Em que época do ano aumentam ou diminuem o número de atendimentos?
Temos uma diminuição de números de ocorrências na época do verão (novembro a fevereiro) e posteriormente o número volta a subir e estabilizar.
O que falta para reduzir a criminalidade?
A violência no Brasil é causada por fatores sociais, culturais e econômicos. A educação e o emprego sempre contribuem para redução da criminalidade, sem esquecer da existência de um policiamento comunitário e participativo onde a população pode opinar, compartilhar e até decidir o melhor emprego da segurança pública.
E quando as ocorrências envolvem trânsito, como vocês atuam?
Pela primeira vez na história a região possui uma equipe de trânsito com o intuito de diminuir a violência no trânsito, impedir a circulação de veículos irregulares e pessoas não habilitadas.
Como agem nos casos de reclamação de motocicletas barulhentas?
Conseguimos reduzir em aproximadamente 95% o número de motocicletas barulhentas e retiramos várias com restrição de furto/roubo. Nossa patrulha rural, com o recebimento de novos veículos L200, complementa o trabalho ostensivo e alcança áreas esquecidas.
Existe um balanço do 1° Semestre 2023 da 15° Cia Independente?
6.477g de drogas apreendidas, 1.810 veículos abordados, 2.457 operações policiais realizadas, 8. 212 ocorrências atendidas, 134 pessoas detidas, 60 mulheres atendidas no programa de proteção Maria da Penha, 14 veículos recuperados, 22 mandados de prisão cumpridos e 08 armas apreendidas.
Comparando o 1º semestre 2023 para 20222, houve redução na criminalidade?
Sim, reduzimos aa tentativas de homicídios por arma de fogo em (80%), os roubos de veículos (75%), os homícios (67%), as tentativas de homicídios (30%), roubos a pessoa (45%) e furto em veículo (100%).
Deixe um recado para a população
Muito há o que se fazer, mas chegamos hoje a todos os recantos dos quatro municípios sem distinção de localidade. A 15ª Cia Independente se orgulha de ter um grupo de policiais atuantes, presentes nos principais momentos e atendendo todo e qualquer tipo de ocorrência.
