O ensino médio do Espírito Santo conquistou a maior nota do Brasil no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O resultado diz respeito ao ano de 2019 e considera escolas públicas e particulares. A média do Estado foi de 4,8, a mesma de Goiás.
O resultado foi divulgado nesta terça-feira (15) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília.
No recorte da rede estadual, o Espírito Santo está em segundo lugar, com nota 4,6, com a maior média do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em Matemática (289,14) e em Língua Portuguesa (286,95). Em primeiro lugar ficou Goiás, com 4,7. Atrás do Espírito Santo ficaram Paraná, com nota 4,4; e São Paulo, com 4,3.
Na rede particular, o Estado teve a terceira maior pontuação, com 6,3, ficando atrás de Minas Gerais e Paraná.
Os resultados foram comemorados pelo governador Renato Casagrande e pelo secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo.
O Ensino Médio do ES é 1° lugar no Brasil no Ideb 2019. Nossas escolas estaduais têm a melhor aprendizagem do País. Os bons resultados estão presentes em todo o território capixaba. Ao melhorar a qualidade da rede pública, avançamos na construção de um Estado mais justo. pic.twitter.com/R3upKl3D27
— Renato Casagrande 40 (@Casagrande_ES) September 15, 2020
Medido a cada dois anos, o Ideb é o principal indicador de qualidade da educação brasileira. O índice registrado nos anos iniciais no país passou de 5,8, em 2017, para 5,9, em 2019, superando a meta nacional de 5,7 considerando tanto as escolas públicas quanto as particulares.
Nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, avançou de 4,7 para 4,9. No entanto, ficou abaixo da meta fixada para a etapa, 5,2. No ensino médio, passou de 3,8 para 4,2, ficando também abaixo da meta, que era 5.
O Ideb é calculado com base em dados de aprovação nas escolas e de desempenho dos estudantes no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O Saeb avalia os conhecimentos dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O índice final varia de 0 a 10.
Metas diferentes
O índice tem metas diferentes para cada ano de divulgação e também metas específicas nacionais, por unidade da federação, por rede de ensino e por escola. A intenção é que cada instância melhore os índices para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Em termos numéricos, segundo o Inep, isso significa progredir da média nacional de 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6 em 2022, ano do bicentenário da Independência. Para os anos finais do ensino fundamental, a meta nacional é 5,5 e, para o ensino médio, 5,2. Esta é a penúltima divulgação do Ideb antes do fim das metas previstas. A próxima será em 2022, referente a 2021.