A primeira remessa de 1,5 milhão de seringas que serão utilizadas para a imunização da população capixaba contra a Covid-19 chegou ao Espírito Santo na manhã deste sábado (16).
O quantitativo faz parte de um total de 6 milhões de seringas adquiridas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e que serão entregues de forma fracionada nas próximas semanas.
O governador Renato Casagrande, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, estiveram presentes na entrega dos insumos.
“Recebemos um lote de seringas e agulhas para usar na vacinação contra a Covid-19. Acabou de chegar um caminhão com 1,5 milhão de seringas com agulhas. Compramos 6 milhões em outubro e o primeiro lote está chegando agora. O Estado já estava preparado e no mês que vem chega mais um lote. O Espírito Santo está totalmente preparado para a vacinação contra a Covid-19 e a nossa angústia é com a vacina. Estamos ansiosos para que possa chegar logo. Ao que cabe ao Estado, estamos preparados”, disse o governador.
Polêmica das seringas
Nésio Fernandes explicou que a Sesa se organizou desde antes da polêmica em torno das seringas no País.
“Nosso objetivo sempre foi garantir a vacinação da população. Por isso, nos antecipamos e, desde outubro do ano passado, estávamos com um processo de compras finalizado para essa aquisição das 6 milhões de seringas. Atualmente, os estoques dos municípios contam com cerca de 800 mil unidades, e ainda temos um processo tramitando para a aquisição de mais de 10 milhões de seringas. Ou seja, o Espírito Santo está mais que preparado para receber as doses da vacina e iniciar a imunização”, garantiu.
Escolta para a vacina
O esquema para a escolta das vacinas já está montado. De acordo com o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho, a Polícia Militar fará a escolta das doses no local onde forem armazenadas e no translado para os municípios.
“Está tudo alinhado para garantir a segurança onde elas estiverem, assim como, no momento da vacinação, que estaremos dando total proteção à população nos pontos de vacinação”, disse.
Mesmo aguardando as definições finais do Ministério da Saúde em relação aos grupos prioritários que receberão as primeiras doses da vacina contra a Covid-19, e quando os imunizantes chegarão ao Estado, o governo do Estado vem se preparando com a organização da logística para garantir a celeridade do processo.
O Estado investiu na compra de 80 equipamentos de refrigeração que serão distribuídos aos municípios capixabas, e realizou adaptação nos caminhões frigoríficos e furgões das Regionais de Saúde com novo isolamento térmico e climatização.
A Central Estadual de Rede de Frio da Sesa tem freezers negativos a menos 20ºC, enquanto as Centrais Regionais contam com equipamentos para armazenamento dos componentes, como câmara frigorífica.
Estratégias de vacinação
O Programa Estadual de Imunização está realizando capacitações on-line aos servidores municipais para a operacionalização da vacina em cada território, uma vez que os municípios são os executores das ações de vacinação, seguindo as políticas do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Pactuado pela Comissão Intergestores Bipartite do Estado, os municípios capixabas realizarão a pré-campanha da vacina contra a Covid-19 de forma on-line ou por telefone, em contato com os grupos prioritários. É previsto que cerca de dois mil profissionais estarão envolvidos no processo de imunização nas 493 salas de vacinação do Espírito Santo.
Os municípios também poderão desenvolver estratégias de ações denominadas “extra-muro”, ou seja, não apenas realizadas dentro da sala de vacinação na Unidade de Saúde.
Armazenamento
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) disponibilizou para a Secretaria de Saúde (Sesa) uma câmara frigorífica e dois ultrafreezers, que poderão ser utilizados para armazenamento de vacinas contra a Covid-19, inclusive, a temperaturas de até -86 °C, assim como da conservação de testes com amostras de swab.
De acordo com o diretor-presidente do Idaf, Mário Louzada, desde o início da pandemia, o Instituto tem tido a possibilidade de apoiar as ações do governo do Estado no enfrentamento à doença.