O machismo estrutural pode ser apontado como um dos fatores para a ausência de representação feminina na Câmara Municipal de Cachoeiro.
Os números decepcionam e frustram: das 19 vagas, o candidato com maior número de votos recebeu 2.519 e o com menor, 659. Com 75.669 eleitoras cadastradas, bastava que 1% das mulheres (756) votassem em ao menos uma mulher tão ou mais qualificada que os homens.
Como os principais problemas femininos (estupro, assédio sexual, violência doméstica, pensão alimentícia, mãe solo) são causados por homens, a mulher se sente fraca e incapaz de combatê-los. Desta forma, não vota em outra mulher porque menospreza as suas habilidades políticas, acreditando que somente um homem é forte e competitivo para defender seus interesses. Mas, às vezes, elas podem eleger candidatos que não possuem empatia e negligenciam suas dores.
Para combater o machismo estrutural e alavancar a representação feminina podem ser utilizadas as seguintes estratégias: presença, persuasão e projetos. A presença consiste em fazer networking, participar dos eventos, se envolvendo nos problemas e tomando a iniciativa na busca por soluções. A persuasão envolve demonstrar força, competência e credibilidade, apresentando os resultados de suas ações pessoais e profissionais que a qualificam como vereadora. Os projetos de lei devem demonstrar viabilidade, precisam beneficiar e impactar a vida diária de seu eleitorado, ressaltando a importância do ponto de vista feminino para legislar, fiscalizar e acompanhar a aplicação de recursos na educação, saúde, transporte e saneamento.
A presença das mulheres na Câmara é essencial para o seu empoderamento e perpetuação de uma sociedade baseada na equidade de direitos, oportunidades e representação política.
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