A Secretaria de Estado da Saúde (12) divulgou nesta terça-feira (12) que dados de um estudo conduzido pelo órgão revelaram que o coronavírus já circulava pelo Espírito Santo desde dezembro de 2019, ou seja, três meses antes da divulgação do primeiro caso oficial da doença no Brasil, em 26 de fevereiro do ano passado.
As informações foram divulgadas pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes; e pelo diretor-geral do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen), Rodrigo Rodrigues.
A pesquisa indicou a presença de anticorpos IgG específicos para Covid-19 em amostras de infecção por arboviroses, que são a dengue e a chikungunya.
“Nós tivemos nosso primeiro caso diagnosticado pela metodologia RT-PCR no final de fevereiro. A doença foi se espalhando ao longo do primeiro semestre do último ano e tivemos um comportamento também da concomitância das endemias de dengue e chikungunya, em especial, na Grande Vitória. As arboviroses têm características que nos levaram a levantar algumas questões no que diz respeito à possibilidade de que muitos casos suspeitos de arboviroses poderiam ser casos de Covid-19”, disse Nésio Fernandes.
Das 7.370 amostras envolvendo casos das doenças transmitidas por mosquito, 210 testaram positivo para Covid-19. A primeira amostragem data de 18 de dezembro de 2019, onde anticorpos para o novo coronavírus foram encontrados em um sangue que havia sido doado.
“Os surtos de dengue e chikungunya podem ter dificultado o diagnóstico do coronavírus, o que pode ter contribuído para o espalhamento da doença no país”, disse Rodrigues.