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Exportações de rochas capixabas despencam após tarifas dos EUA

A expectativa no comércio exterior é de que não haja reversão rápida do tarifaço. Enquanto as tratativas seguem, players do setor ampliam a busca por destinos alternativos.

As novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre rochas ornamentais já provocam uma freada significativa nas exportações do Espírito Santo, segundo dados da Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas).

O estado que concentra cerca de 82% dos embarques brasileiros do setor. A retração aparece de forma clara no Terminal Portuário de Vila Velha (TVV), principal corredor de saída dessas cargas.

Segundo o TVV, tanto o acumulado do ano quanto a média mensal sofreram fortes impactos desde o anúncio do tarifaço.

Em resposta, o terminal passou a acelerar a diversificação de cargas, ampliando operações de carga geral, projetos especiais e granéis, numa tentativa de reduzir a dependência do granito.

Queda chega a 40% após tarifaço, aponta TVV
O granito domina as exportações do terminal e responde por quase metade do volume enviado aos Estados Unidos.

Mais de 95% das rochas exportadas pelo Espírito Santo passam pelo TVV,fator que faz com que qualquer oscilação atinja diretamente o porto e a cadeia produtiva local.

Gustavo Paixão, diretor de Terminais da Log-In Logística Integrada, afirma que o tombo do setor ficou nítido no comparativo anual e se aprofundou no segundo semestre.

“Até setembro, tínhamos retração de 22% na movimentação. Mas, entre agosto e setembro, após o tarifaço, a média mensal caiu para 40% abaixo do ritmo registrado no mesmo período de 2024”, destaca.

O executivo lembra que os primeiros meses de 2025 ainda foram positivos, mas a mudança tarifária alterou a curva histórica de embarques e acelerou a perda de fôlego.

Classificação de cargas amplia impacto e atinge quartzito
Além das tarifas, o setor enfrentou outro efeito colateral: a classificação indevida de parte das cargas. Itens como quartzito, que não deveriam ser tarifados, acabaram entrando na regra por serem registrados como granito.

“Houve distorção importante. Nem tudo é granito e nem tudo está sujeito à mesma tarifa. O setor iniciou um processo de reclassificação, que é lento, mas já vemos sinais de ajuste”, afirma Paixão.

Revisão tarifária sobre o café tem pouco efeito no ES
Mesmo com a decisão do governo norte-americano de revisar algumas tarifas e incluir o café na lista de reduções, o impacto para o Espírito Santo é pequeno na operação portuária.

“O café tem peso reduzido no TVV e está mais ligado a outros mercados. Aqui, a dinâmica segue totalmente puxada pelas rochas”, explica o diretor.

Diversificação ganha força e abre portas para novos negócios
A queda do granito liberou espaço operacional e permitiu ao TVV fortalecer segmentos que haviam perdido presença em 2024 devido à alta ocupação do terminal.

“Com menos contêiner cheio, conseguimos abrir pátio e berço para outras operações. A carga geral voltou com força, acima das projeções”, afirma Paixão.

A estratégia também inclui o atendimento a granéis e a operação de navios sem guindaste de bordo, agora possíveis graças aos novos equipamentos instalados nos berços públicos da Autoridade Portuária de Vitória.

A movimentação reforça o perfil multipropósito do terminal e amplia seu portfólio logístico.

Setor busca novos mercados enquanto espera negociação com os EUA
A expectativa no comércio exterior é de que não haja reversão rápida do tarifaço. Enquanto as tratativas seguem, players do setor ampliam a busca por destinos alternativos.

“O Oriente Médio entrou no radar como mercado promissor e ainda pouco explorado para as rochas brasileiras”, destaca Paixão.

Nesse cenário, o TVV se posiciona para manter capacidade instalada e oferecer alternativas logísticas caso o fluxo de rochas volte a crescer.

“A diversificação iniciada em 2025 deve continuar mesmo que o granito se recupere. É uma forma de reduzir exposição a choques externos e sustentar crescimento em segmentos menos concentrados”, conclui.

Sobre a Log-In Logística Integrada
A Log-In Logística Integrada oferece soluções de movimentação portuária, navegação costeira e integração multimodal, conectando Brasil e Mercosul por terra e mar.

A empresa opera nove navios porta-contêineres, com capacidade total de 24.366 TEUs, atendendo rotas regulares que ligam os principais portos brasileiros à Argentina, Paraguai e Uruguai.

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