Um total de 300 colaboradores da Fábrica de Cimento Nassau está realizando a manutenção das máquinas desde meados do mês de dezembro para a retomada das atividades, prevista para o dia 15 de janeiro, com o aquecimento do alto forno. Estão inclusive cumprindo a carga horária das 7h15 às 17h03.
Essa informação é de Anerildo Zílio dos Santos, secretário-geral do Sindicato da Construção Civil, Terraplanagem, Pavimentação e Cimenteiros do Sul do Espírito Santo. “Falo em nome do presidente, Francisco de Azevedo Amorim, e de toda a diretoria”.
A notícia é muito animadora, tendo em vista a indústria está sem funcionar desde 2017, em função de grave crise.
A Nassau já teve 600 colaboradores, mas Zílio destaca que hoje não existe nenhum colaborador afastado, já que muitos aderiram ao Programa de Demissão Voluntária e outros entraram na Justiça do Trabalho requerendo seus direitos.
“Existe possibilidade da contratação de novos trabalhadores, num futuro bem próximo, de acordo com a demanda”.
Venda de imóveis
Segundo ele, os pagamentos vêm sendo feitos de acordo com a venda dos imóveis leiloados e recebimento das parcelas pagas pelo Grupo Carone.
“Na entrada dada pelo Carone no terreno da antiga fábrica, no Coronel Borges, em abril de 2018, funcionários e ex-funcionários receberam a mesma quantia de R$ 10 mil”
Mas o representante sindical esclarece que depois desse pagamento houve vários outros, e que em dezembro o juiz determinou a liberação máxima de R$ 15 mil, independente do atual salário, para os colaboradores da ativa, e R$ 3 mil para os ex-funcionários.
“O nosso corpo jurídico, formado pelos advogados Bruno e Breno Fajardo, tem feito um excelente trabalho. E os representantes do Ministério Público do Trabalho, entre eles o Dr. Geovane Guerra, José Emanuel e Benetti, têm sido eficientes e sensatos na partilha dos recursos, além de flexíveis, nos atendendo sempre que precisamos esclarecer dúvidas e buscar soluções emergenciais para as famílias envolvidas. Liberam recursos em casos de doenças graves e de dívidas de compra de imóveis feita pela Caixa”, exemplifica.
Segundo o secretário do sindicato, todas as audiências são seguidas por representantes de três grupos, com membros escolhidos a partir de votação, que acompanham a Ação Civil Pública movida pelo próprio Ministério Público do Trabalho: um com três representantes dos ex-empregados, outro com o mesmo número de atuais empregados, e finalmente o que tem três representantes do sindicato, entre os quais está incluído.
Anerildo Zílio diz que o sindicato preza muito pela manutenção dos empregos e que a radicalização seria o pior caminho. “ Estamos presentes, mas entendemos o período de crise e procuramos ajudar para que a solução seja boa para todos”.