A Defesa Civil de Marataízes informou que mais um trecho das falésia desmoronou. O fato ocorreu nesta segunda-feira (22) pela manhã, na Praias do Cações.
Segundo o coordenador do órgão Jones Toledo, a prefeitura monitora a região desde janeiro deste ano e vem alertando para os riscos devido ao processo contínuo de erosão regressiva.
Este é o segundo deslizamento de grande proporção registrado no ano, sendo o anterior em 26 de agosto, informa Jones.
Ele diz que as falésias apresentam voçorocas e ravinas na borda, afloramentos naturais e acúmulo de massas de terra na base, sinais claros da fragilidade da região.
“Essas feições geomorfológicas são destrutivas e indicam vulnerabilidade constante. A população próxima ao local tem meu número de telefone e pode entrar em contato a qualquer emergência”, explicou Jones.
A Defesa Civil recomenda que moradores e visitantes evitem transitar próximo à base ou à borda das falésias.
Reforça também a necessidade de atenção às condições do solo, especialmente após chuvas intensas, que podem agravar a erosão e provocar novos deslizamentos.

Poeira alta
Moradores relataram ouvir um forte estrondo e sentir tremores. “Ao sair de casa, vimos a nuvem de poeira e percebemos a gravidade do desmoronamento”, contou um morador próximo ao local

Importância geológica e histórica
Além do risco à população, as falésias possuem importância geológica e histórica, destaca Jones Toledo.
O coordenador da Defesa Civil lembra que as falésias guardam registros sedimentares do Grupo Barreiras, formado por rochas do período Mioceno, há aproximadamente 20 milhões de anos.
As formações incluem argilitos, arenitos e conglomerados, com estruturas sedimentares que registram diferentes paleoambientes, como lagoas, rios, leques aluviais, praias e planícies costeiras.
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