O atraso nas obras de macrodrenagem, causado principalmente por uma grande quantidade de rocha no subsolo na região do Guandu, está preocupando a equipe de transição.
O prefeito eleito Theodorico Ferraço demonstrou preocupação devido à proximidade do período de chuvas, que podem causar alagamentos, já que a rede ainda não está totalmente interligada.
Ferraço conversou sobre o assunto com o prefeito Victor Coelho que colocou uma equipe à disposição do grupo de transição do futuro governo. Rodrigo Boleli, secretário de Obras, visitou trechos de obras com o engenheiro José Santiago, que faz parte da equipe de transição.
“A situação é preocupante, especialmente com a chegada da temporada de chuvas. Precisamos garantir que as obras avancem sem mais atrasos para evitar transtornos à população. A interligação das redes de drenagem, principalmente na área do Guandu, é uma prioridade”, afirmou Ferraço.
Intervenção no Nova Brasília
Em Nova Brasília, nas proximidades da Praça do Rotary, a equipe de Obras informou que, entre a praça e o Supermercado Molina, será necessário abrir a Avenida Etelvina Vivácqua para a implantação de uma caixa de amortecimento da água.
De acordo com o secretário Bolelli, essa estrutura tem como objetivo reter a água das chuvas vindas do bairro São Francisco de Assis, evitando que a avenida seja alagada.
Contudo, a obra no local só será iniciada após a conclusão das intervenções no Centro. O prazo de execução ainda não foi definido, mas a estimativa é que dure cerca de dois meses, com interdição da via na altura da Praça do Rotary.
A solução para minimizar os transtornos seria o início imediato da segunda fase das obras de macrodrenagem, que vai da Linha Vermelha, no bairro Zumbi, até o bairro São Francisco de Assis, logo após a finalização da primeira etapa.
O secretário de Obras afirmou que a segunda etapa está orçada em R$ 65 milhões e que o governador Renato Casagrande (PSB) teria se comprometido a liberar o recurso após a conclusão da primeira fase.
“No projeto inicial, a caixa de amortecimento não estava prevista, mas decidimos incluí-la por precaução. Se a segunda fase começar logo, a rede do São Francisco poderá ser interligada na Linha Vermelha, o que eliminará a necessidade de intervenção na Etelvina Vivácqua”, explicou Bolelli.
Muro na Linha Vermelha
Outro ponto visitado pela equipe de transição foi a Linha Vermelha, onde ainda falta a conclusão de um muro na divisa com o terreno do Hortifruti. O muro não foi finalizado devido ao atraso na troca da rede de energia pela EDP, que tem dificultado o avanço da obra.
O trecho de aproximadamente 30 metros necessita da implantação de um ramal de manilhas de 3 metros de largura por 3 metros de altura, parte da rede de drenagem composta por manilhas de 6 metros de largura por 3 metros de altura.
Embora a obra esteja paralisada, a expectativa é que ela seja retomada em breve, assim que a EDP concluir a remoção dos postes e a troca da fiação.
Pedras no Guandu
A principal preocupação de Ferraço está com o risco de alagamentos no bairro Guandu, onde a rede de drenagem ainda não foi interligada devido à presença de pedras no subsolo. Durante a visita ao local, constatou-se que não havia movimentação de trabalhadores para a remoção das rochas.
De acordo com o representante da R&R Engenharia, pelo menos oito empresas estiveram no local para fazer orçamentos, mas muitas desistiram por se tratar de um trabalho pequeno.
No entanto, uma empreiteira já foi contratada e está providenciando o deslocamento dos equipamentos para iniciar a remoção das pedras. Tanto o empreiteiro quanto o secretário de Obras garantiram que as interligações na região serão concluídas até o dia 31 de dezembro deste ano, restando apenas o calçamento para liberar a via após essa data.
Risco de inundações
Atualmente, a rede de drenagem do bairro Guandu é responsável por escoar as águas das chuvas dos bairros Zumbi e Recanto. Em fevereiro deste ano, após uma forte chuva, o bairro Guandu foi inundado, e um piscinão se formou na Linha Vermelha, alagando comércios na área.
Em resposta a esse evento, duas redes menores, conhecidas como ladrão, foram instaladas para desviar a água das chuvas para o Rio Itapemirim pelas ruas César Misse e Pedro Dias.
De acordo com o secretário de Obras, chuvas de intensidade semelhante à de fevereiro não causariam alagamentos na região, mas em casos de volumes maiores de precipitação, ainda há risco de transtornos, especialmente para os comerciantes locais.
Previsão de conclusão das obras
Após a reunião entre a equipe de transição de Ferraço, representantes da Prefeitura e da empresa responsável pelas obras, ficou claro que a conclusão das obras de macrodrenagem só deverá ocorrer no próximo ano, mas sem uma data prevista, já que podem ocorrer contratempos relacionados às condições climáticas.