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Foto ilustrativa: Pixabay

Fevereiro Roxo: o que fazer diante de um caso de Alzheimer na família

redacao
Redação Dia a Dia

Os primeiros sintomas aparecem e nem sempre o diagnóstico é fácil e imediato. O certo é que quando um familiar desenvolve o mal de Alzheimer, tanto o paciente quanto seus parentes se veem diante de desafios reais cotidianos que causam medo por conta das informações que cercam a doença.

Para conscientizar, alertar, contribuir para o diagnóstico precoce e viabilizar tratamento adequado, desmistificando e esclarecendo dúvidas sobre o Alzheimer e outras duas doenças – fibromialgia e lúpus – surgiu o Fevereiro Roxo.

A campanha reúne três doenças que não estão correlacionadas e se apresentam de formas distintas, mas que têm em comum o comprometimento do bem-estar e a qualidade de vida quando não controladas.

Pesquisas indicam que a cada quatro segundos, uma pessoa é diagnosticada com demência no mundo – o mal de Alzheimer é apenas uma delas –, e o número de novos casos aumenta, em geral, diretamente proporcional ao crescimento da expectativa de vida.

Estatísticas

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o Alzheimer afeta cerca de 33% da população com mais de 85 anos. Mulheres recebem mais esse diagnóstico do que os homens, em parte porque tendem a viver mais.

De acordo com o neurologista do Vitória Apart Hospital, Raphael Moreira Teixeira, o Alzheimer é uma doença degenerativa que pode comprometer funções cerebrais como memória, linguagem, capacidade de cálculo, além de gerar alterações de comportamento e perdas relacionadas à possibilidade de executar tarefas do dia a dia.

Ele explica que, em geral, os primeiros sintomas são a perda de memória e alterações comportamentais. Mas é preciso estar atento e não associar qualquer perda de memória à doença.

“A perda de memória que deve servir para ligar um alerta é aquela que começa a comprometer o dia a dia do indivíduo, interferindo, por exemplo, na realização de atividades pessoais rotineiras”, explica.
Na evolução da doença, essas perdas vão se tornando progressivas e significativas, levando problemas relacionados à memória autobiográfica e familiar, por exemplo.

Alterações comportamentais

Neurologista da Samp, Paulo Roberto Rosa acrescenta que alterações comportamentais também podem se fazer presentes desde o início e se tornarem mais frequentes à medida em que a doença evolui.

“Não é raro que pacientes com Alzheimer manifestem características depressivas, de agitação e agressividade, e até delírio e alucinação”, considera.

Rosa afirma que o diagnóstico se dá com a entrevista médica e a partir da exclusão da possibilidade de outras doenças por meio de exames de sangue e de imagem, além da avaliação neuropsicológica.

Em relação ao tratamento, os dois médicos afirmam que, apesar de não ter cura, há medicações hoje que ajudam na estabilização da doença ou diminuem a velocidade da perda funcional em cerca de cinco anos ou mais, oferecendo mais tempo e qualidade de vida ao paciente e seus familiares.

“Estabelecer uma rotina diária simplificada, ajudando o paciente a cumpri-la e mostrando que ele está apto a participar, espalhar lembretes pela casa (apague a luz, feche a torneira, desligue a TV…); encorajar a pessoa a manter hábitos como se vestir, comer e tomar banho sozinha sempre que possível; limitar opções de escolha (se for oferecer uma comida, dar duas opções e não deixar em aberto); excluir álcool e cigarro; e estimular alimentação saudável são exemplos de atitudes que podem contribuir para a qualidade de vida de paciente e da família”, exemplifica Raphael

Apesar de também não ter uma causa definida, especialistas afirmam que, no que diz respeito à prevenção, há cinco áreas a serem trabalhadas que, se adotadas em conjunto e precocemente, podem ser eficazes para evitar a manifestação da doença.

Como melhorar a qualidade de vida do paciente e seus parentes

• Ter um médico de referência que faça o acompanhamento;

• No caso dos familiares, entender a doença e saber que tipo de sintomas ela pode gerar pode ajudar a compreender atitudes do paciente, evitando e amenizando conflitos;

• Uma ideia bem-vinda é estimular o portador de Alzheimer a usar uma pulseira, colar ou outro adereço qualquer com dados de identificação (nome, endereço, telefone etc.) e as palavras “Memória Prejudicada”, porque um dos primeiros sintomas registrados é perder a noção do lugar em que se encontra;

• Estabelecer uma rotina diária e ajudar o doente a cumpri-la. Espalhar lembretes pela casa (apague a luz, feche a torneira, desligue a TV etc.);

• Simplificar a rotina do dia a dia para que o paciente possa continuar envolvido com ela;

• Encorajar a pessoa a se vestir, comer, ir ao banheiro, tomar banho por sua própria conta. Quando não consegue mais tomar banho sozinha, por exemplo, pode ainda atender a orientações simples como: “Tire os sapatos. Tire a camisa. Entre no chuveiro”;

• Limitar opções de escolha. Em vez de oferecer vários sabores de sorvete, ofereça apenas dois tipos;

• Certificar-se de que o doente está recebendo uma dieta balanceada e praticando atividades físicas de acordo com suas possibilidades;

• Eliminar o álcool e o cigarro, pois agravam o desgaste mental;

• Estimular o convívio familiar e social do doente;

• Reorganizar a casa afastando objetos e situações que possam representar perigo. Tenha o mesmo cuidado com o paciente de Alzheimer que você tem com crianças;

• Conscientizar-se da evolução progressiva da doença. Habilidades perdidas jamais serão recuperadas;

• Providenciar ajuda profissional e/ou familiar e/ou de amigos, quando o trabalho com o paciente estiver sobrecarregando quem cuida dele.

Medidas para prevenir

• Atividade física apropriada para idade (de preferência atividade aeróbica);

• Alimentação balanceada e voltada para alimentos naturais;

• Prevenção de fatores de risco cardiovascular, como controle da diabetes, hipertensão, dislipidemias;

• Evitar tabagismo, álcool em excesso;

• Atividade intelectual: testes, exercícios mentais, manutenção atividade profissional, programa de reabilitação cognitiva;

• Preservar relações sociais e familiares (convivência interpessoal, manutenção e reforço de vínculos afetivos).

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