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Filho confessa que esfaqueou o pai e ainda colocou fogo no corpo por duas vezes

redacao
Redação Dia a Dia

O corpo do ciclista Duramir Monteiro Silva, 56 anos, o Dudu, que desapareceu no dia 28 de junho por volta das 22 horas, após chegar em casa de um pedal com os amigos, foi localizado ainda queimando em uma cova em Estrela do Norte, em Castelo, numa propriedade rural.

Segundo o delegado Felipe Vivas, titular da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), quando o corpo foi localizado nesta segunda-feira (4) ainda havia fumaça saindo da cova. Os restos mortais foram retirados pelo Corpo de Bombeiros.

Eles chegaram ao local após confissão do filho adotivo de 24 anos, que apenas quatro dias após o desaparecimento, compareceu voluntariamente à delegacia para denunciar o fato, quando os amigos já o procuravam desde o desaparecimento,

O filho estava acompanhado da namorada, de 20 anos. Ambos moravam junto com o ciclista na casa dele no bairro Monte Cristo.

Durante a presença do rapaz, o delegado Felipe Vivas começou a fazer perguntas e o rapaz e a namorada, que foram ouvidos em salas separadas, começaram a cair em contradição durante vários momentos.

Até finalmente assumirem terem esfaqueado Duramir quando ele chegou do pedal no dia 28 de junho, durante o jantar.

O delegado diz que segundo os supostos autores do crime, a vítima teria dado um cheiro no pescoço da namorada do rapaz, que estaria grávida, e tentado agarrá-la.

Ela contou que estaria cortando carne, virou, trocou a faca de mão e esfaqueou o ciclista, que teria pedido para ela não fazer aquilo.

A nora conta que neste momento o filho chegou (ela diz que ele estaria no banheiro, e ele, que arrumava um armário), se desesperou, pegou outra faca e desferiu vários golpes nas costas e no peito do pai.

Ainda segundo o relato dos supostos autores do crime, a mulher diz que após constatar a morte de Duramir, ela enrolou o corpo num lençol, depois num tapete e finalmente num edredon, já que o namorado teria entrado em desespero.

Feito isso, colocaram o corpo no porta malas do carro da própria vítima, passaram num posto de gasolina, compraram um galão de gasolina e fizeram o pagamento com o cartão do homem morto, já que o filho sabia a senha.

Após isso, se deslocaram para Estrela do Norte, onde a família da mulher tem uma propriedade, jogaram o corpo num buraco.

Depois disso despejaram três litros de combustível, atearam fogo, esperaram durante a madrugada, jogaram mais dois litros de combustível, e já de manhã, jogaram terra na cova, se deslocaram até uma padaria, tomaram café e voltaram para casa, onde chegaram por volta das 6h.

O delegado diz que todos esses fatos carecem de apuração para confirmação da veracidade, mas que já foi solicitado um mandado de prisão para revista da casa onde o crime teria sido cometido. “Vamos apurar se não foi tudo premeditado”, enfatiza.

O que já se sabe é que o rapaz lavou a casa várias vezes, inclusive com uma escova de dente e pintou algumas paredes, o que teria causado estranhamento na ex-mulher de Duramir, que mora em “parede-meia” na casa da vítima depois da separação do casal.

Ela conta que estranhou o movimento da noite do crime, ligou por vídeo para o rapaz,  mas ele falou que não estava acontecendo nada, e que estaria inclusive deitado quando atendeu a ligação.

Posteriormente, em dias posteriores, intimidou a mãe para que desse um álibi a ele. Esse, inclusive, foi um dos motivos pelo qual a polícia pediu a sua prisão preventiva, já que ele estaria atrapalhando as investigações.

 

As contradições

O rapaz não participou das buscas pelo corpo do pai, mas foi à delegacia no dia 1º de julho com uma tia, irmã da vítima, e com a namorada, e durante o depoimento, caiu em várias contradições.

Contou muitas histórias, entre elas a de que teria saído de casa no dia do desaparecimento do pai para levar a namorada à Santa Casa, já que ela estaria passando mal.

Disse que não ficou no local porque estaria muito cheio. Então teria passado em uma farmácia, comprado um remédio e depois ido ao bar Verdinho, onde também não entrou, e que quando voltou para casa o pai não estaria, o que era comum, já que era comum ele ir a pé para a casa da namorada.

Após ser pressionado pela polícia se seria identificado nas câmeras de videomonitoramento desses locais, acabou confessando o crime. “Doutor, o meu pai tentou agarrar minha mulher”.

A namorada também prestou depoimento em sala separada. Ela, que é descrita por Felipe Vivas como uma pessoa fria, uma atriz, que contava uma história convincente.

O delegado diz que ela só assumiu a participação no assassinato após o delegado informar que o namorado havia confessado e contado os detalhes do crime.

O suspeito do crime está detido no Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro e pode responder por homicídio qualificado.

A mulher não foi presa. “Eles alegam muitas coisas e nós vamos apurar se é isso mesmo. Existem marcas de sangue na casa toda e no porta malas do carro”, relata o delegado.

Outro fato citado pelo delegado é que um vizinho de Duramir percebeu um relógio, roupas sujas de sangue, um celular e a carteira do ciclista em seu quintal, que tem um muro muito alto.

O delegado diz que as pessoas já tinham percebido que a namorada do filho de Duramir apresentava atitudes estranhas.

“É assustador. Chegamos lá ontem e o corpo ainda estava queimando. Temos muita coisa para apurar ainda”, frisa o delegado”. Na casa da vítima a polícia localizou R$ 20 mil em dinheiro.

Segundo Felipe Vivas, a motivação do crime ainda não está confirmada, já que pode haver motivação patrimonial, que será apurada durante as investigações.

 

 

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