seg 28/julho/2025 22:15
Capa
Geral
Cachoeiro
Política
Oportunidade
Saúde
Educação
Economia
Agro
Segurança
Turismo
Esporte
DiaaDiaTV
Publ. Legal
Mundo Pet
Cultura

Fósseis encontrados em Castelo datam de 42 mil anos atrás

Análise indica que ossos são de animais que viveram há milhares de anos. Foto: PMC
Encontrados fósseis de animais que viveram há milhares de anos em Castelo

A descoberta em 2022 de fósseis na caverna Gruta do Limoeiro, em Castelo, ganhou uma nova etapa neste ano de 2025, com a pesquisa que revelou o período em que os animais viveram na região. Pequenas amostras foram extraídas e enviadas para análise laboratorial nos Estados Unidos e os resultados revelaram idades surpreendentes: a preguiça-gigante viveu há aproximadamente 13,5 mil anos, o Tigre-dente-de-sabre há cerca de 35 mil anos e o Toxodonte há impressionantes 42 mil anos.

Para a identificação precisa dos fósseis, foram mobilizadas importantes instituições de pesquisa do país. O Museu Nacional do Rio de Janeiro, a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), que fizeram a análise do material.

Em 2022, O Departamento de História Natural da Prefeitura Municipal de Castelo, sob a coordenação de José Luiz Rodrigues Neves, identificou os primeiros fósseis na caverna. O local já era conhecido por achados arqueológicos datados de 1978, mas a nova descoberta abriu uma janela para um passado ainda mais distante.

Os estudos revelaram a presença de ossos de três espécies emblemáticas da megafauna – animais gigantes extintos há milhares de anos: o Toxodonte (um herbívoro de grande porte, similar a um rinoceronte, porém sem chifres), o Eremotherium laurillardi (a imponente preguiça-gigante, que podia atingir até cinco metros de altura) e o Smilodon populator (o icônico e maior predador das Américas, o Tigre-dente-de-sabre). Este último representa o primeiro registro da espécie no estado do Espírito Santo, conferindo ainda maior importância à descoberta.

“Esses achados reescrevem a história de Castelo e do nosso Estado, enriquecendo o nosso patrimônio científico e histórico, mas também oferecendo valiosas informações para entendermos as interações e mudanças climáticas do nosso planeta”, explicou o Prefeito de Castelo, João Paulo Nali.

Segundo a Secretária Municipal de Turismo, Eventos e Cultura, Léia Ringuier Nali, o Museu de História Natural de Castelo foi recentemente criado por Lei Municipal. “Estamos trabalhando arduamente para a montagem desse espaço, que será aberto em breve para visitação pública, onde todos terão acesso à riqueza paleoarqueológica de Castelo, incluindo estudantes e pesquisadores”, concluiu.

Atualmente, estudos mais aprofundados sobre a alimentação e a paleoecologia (o ambiente e as interações ecológicas da época em que esses animais habitavam a região) estão sendo conduzidos pelo professor Mário Dantas (UFBA). As conclusões dessas pesquisas, que prometem trazer novas informações sobre o passado remoto de Castelo, serão publicadas posteriormente.

👉 Receba as notícias mais importantes do dia direto no seu WhatsApp!
Clique aqui para entrar no grupo agora mesmo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leitores também comentam…
chuva-frente-fria

Frente fria muda o tempo no ES. Regiões Sul e Serrana terão frio e chuviscos

bafometro

Blitzes flagam 58 motoristas dirigindo bêbados durante operação da Lei Seca

crianca-adolescente-abuso-sexual-violencia

Pastor de Anchieta hipnotizava adolescentes para cometer abusos sexuais

festa-nossa-senhora-da-penha-castelo

Castelo se prepara para a tradicional Festa de Nossa Senhora da Penha

pedalaco-presidente-kennedy-preservacao-n-sra-das-neves

Presidente Kennedy: no caminho da padroeira pedalaço pela preservação

granito-exportacao-sindirochas-

Espírito Santo lidera ofensiva contra tarifa que afeta exportações de rochas

Polícia Militar

Homem é morto a tiros no Morro do Querosene, em Alegre

cruz-igreja-27-07-2025

Da sacristia ao mundo

Leia mais
plugins premium WordPress