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Fusões e aquisições no ES caem 10% em nove meses, aponta estudo

Os dados são da KPMG, rede global de firmas independentes que presta serviços profissionais de auditoria, tributos e consultoria.
Foto: Bandes

O Espírito Santo registrou queda de 10% no número de fusões e aquisições entre janeiro e setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2024.

Foram 17 operações concluídas, contra 19 no ano passado. Mesmo com o recuo, o estado manteve a oitava posição entre as 23 unidades federativas analisadas em um estudo trimestral do setor.

Os dados são da KPMG, rede global de firmas independentes que presta serviços profissionais de auditoria, tributos e consultoria.

As operações envolveram diversos segmentos da economia capixaba. Tecnologia da informação liderou, com quatro transações, seguida por empresas de internet (três).

Serviços públicos e petróleo registraram duas operações cada. Setores como imobiliário, publicidade, varejo, metalurgia, construção e produtos para construção tiveram uma operação cada.

De acordo com especialistas, o cenário reflete os efeitos dos juros elevados, que impactam o apetite de investidores e empresas por novos negócios.

Apesar disso, há avaliação de que o ambiente econômico capixaba mantém potencial para atrair investimentos e impulsionar o mercado local.

A maior parte das transações foi doméstica: 13 das 17 ocorreram entre empresas brasileiras. Três envolveram investidores estrangeiros adquirindo negócios no país, e uma teve brasileiros comprando participação de uma companhia estrangeira.

Desempenho nacional mantém estabilidade
No Brasil, o terceiro trimestre foi o mais aquecido do ano, com 425 operações de fusões e aquisições concluídas. Nos dois trimestres anteriores, foram 330 e 409 negócios, respectivamente.

No acumulado de janeiro a setembro, o país registrou 1.164 operações — leve queda de 2,6% em comparação a 2024, indicando estabilidade.

Os investimentos de private equity e venture capital ganharam peso: 566 das transações envolveram fundos, alta superior a 13% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

Segundo analistas do setor, o ritmo mais lento das fusões e aquisições reflete o ambiente macroeconômico, marcado por incertezas fiscais e taxas de juros elevadas no Brasil e no exterior.

Ainda assim, o aumento do valor médio das operações e a maior participação dos fundos de investimento são vistos como sinais de dinamismo dentro do mercado.

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