“A Scuderie LeCocq foi um esquadrão da morte. Berço e fonte das milícias que tomaram conta do Rio de Janeiro e que agora ameaçam retornar ao Espírito Santo, se apropriar também das instituições capixabas”, alertou o antropólogo, cientista político e escritor Luiz Eduardo Soares, de 68 anos.
Ele, que manifestou apoio à reeleição do governador Renato Casagrande (PSB), é considerado um dos especialistas em segurança pública mais respeitados do país. Soares também citou o trabalho de Casagrande como referência para o Brasil e disse que ficou “horrorizado” ao saber que Carlos Manato foi membro do grupo Scuderie Le Cocq.
“É indispensável para o Brasil todo, não só para o Estado do Espírito Santo, a vitória do governador Renato Casagrande”, declarou Luiz Eduardo Soares, que foi Secretário Nacional de Segurança Pública em 2003 e é autor dos livros Elite da Tropa 1 e 2, que inspiraram os filmes Tropa de Elite.
“O trabalho que o governador Renato Casagrande vem fazendo tem sido reconhecido e respeitado em todo o país. Eu espero que ele seja reeleito e eu confesso que fiquei horrorizado quando eu soube que seu adversário tinha sido membro da Scuderie Le Cocq”, destacou.
Em vídeo, o especialista falou sobre a preocupação com a volta do crime organizado ao Espírito Santo através do adversário de Casagrande e lembrou o esforço para combater o crime organizado no estado.
“Tenho 68 anos e dediquei a minha vida à segurança pública. Eu acompanhei de perto a tragédia que se abateu sobre o Espírito Santo quando o crime organizado tomou de assalto as instituições e a política. Foi preciso um esforço titânico, épico, inesquecível, de políticos honrados, honestos, de instituições saudáveis e da sociedade civil organizada para salvar o povo capixaba e o povo do Espírito Santo”, contou.
A organização, segundo Ministério Público, esteve no centro dos crimes e violações de direitos humanos no Espírito Santo e era considerada o braço armado do crime organizado capixaba, formado por membros importantes da sociedade, envolvendo médicos, políticos, juízes, policiais, promotores e grandes empresários.
Em matéria anterior, Manato negou que tivesse integrado a Scuderie Le Cocq. Disse que foi convidado por um grupo de juízes e médicos a participar, porém, decidiu sair tão logo percebeu que aquele não era seu lugar.
“São acusações levianas. Querem me colocar com crime organizado. Isso não cola”, afirmou.