O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou, na manhã de quarta-feira (24), uma operação no Porto de Itaipava, em Itapemirim.
A fiscalização foi voltada ao combate à pesca ilegal em áreas próximas a plataformas de petróleo.
Durante a ação, denominada Operação Makaira, foram identificadas 48 embarcações usando técnicas proibidas, como o espinhel de superfície, que representa risco à fauna marinha, incluindo albatrozes, petréis e tartarugas.
Como resultado, o Ibama aplicou 260 multas, totalizando R$ 22 milhões. Não houve apreensão de pescado ou equipamentos.
O chefe da Divisão Ambiental do Ibama, José Vicente Silva, informou que as embarcações podem regularizar suas atividades mediante vistoria técnica em Vitória.
Alertou que caso continuem operando sem autorização, poderão receber sanções mais severas.
A ação reforça o monitoramento ambiental e o combate a práticas ilegais que ameaçam os recursos pesqueiros e a biodiversidade da região.
O que diz o representante dos pescadores
Ulysses Vieira Raposo, presidente da Associação de Pescadores e Armadores da Pesca de Itaipava (Apedi), reclama da ação do Ibama e diz que os pescadores estão sendo perseguidos pelo órgão.

Segundo ele o Ibama não dialoga com os pescadores e nunca ouviu a categoria.
“Estamos sendo perseguidos, os pescadores do Espírito Santo e de todos Brasil. Tentamos de várias formas diálogo com o Ibama para que eles pudessem nos entender como pescadores. Todos estamos sofrendo com essas ações bruscas e desrespeitosas”, explica.
Segundo Ulysses, os pescadores estão sendo marginalizados, pois usam a pesca de espinhel de superfície depois de dois anos de luta.
“Uma portaria que foi publicada pelo Ministério da Pesca,fruto de estudos de todos os cientistas contratados pelo governo federal, não foi respeitada”, reclama.
O presidente da Apedi diz que o Ministério do Meio Ambiente, a pedido de uma ONG estrangeira, do Ibama e do ICMBio cancelaram a portaria e que isso foi feito sem respeito nenhum.
“Essa fiscalização em Itaipava deixa claro para nós que precisamos de representantes que nos ajudem. Estamos sendo saqueados com multas absurdas, leis irregulares e falta de respeito nas abordagens”, acusa.
Segundo o Ibama, todas as vezes em que o representante da associação de pescadores de Itaipava procurou, foi recebido pelo órgão.
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