Diversas aves silvestres que estavam em cativeiro ilegal e outros materiais foram apreendidos nesse fim de semana pela Polícia Militar Ambiental e pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), na região de Córrego da Prata, em Castelo.
A ação foi motivada por denúncia anônima recebida no Parque Estadual Mata das Flores.
Durante a operação, os agentes apreenderam em uma residência uma espingarda ilegal tipo fulminante, dois frascos de pólvora e uma série de aves silvestres, incluindo quatro coleiros, um tiziu, uma cigarrilha, três tico-ticos, um sabiá laranjeira, duas sabiás una e dois pássaros pretos.
Conheça os pássaros apreendidos
Coleiro (Sporophila caerulescens) – Também conhecido como papa-capim, geralmente não está na lista de espécies ameaçadas de extinção em âmbito nacional. No entanto, em algumas áreas locais, enfrenta ameaças devido ao tráfico de animais.
Tiziu (Volatinia jacarina) – Esta espécie também não é considerada ameaçada em âmbito nacional, mas pode enfrentar pressão de perda de habitat e captura.
Cigarrilha (conhecido também como Cigarrinha-verdadeira ou Oryzoborus angolensis) – Este é outro pássaro comum que não está listado como ameaçado em listas de extinção nacionais, mas sofre pressão de captura e tráfico.
Tico-tico (Zonotrichia capensis) – Este pássaro é muito comum em várias regiões e não está em risco de extinção.
Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) – É um dos pássaros mais comuns no Brasil e não se encontra em risco de extinção. Inclusive, é considerado um dos símbolos nacionais.
Sabiá-una (Turdus flavipes) – Também é relativamente comum e não está em listas de ameaça. É uma espécie bem adaptada em várias regiões.
Pássaro-preto (Gnorimopsar chopi, também conhecido como Chopim) – Embora seja alvo de captura em algumas regiões, essa espécie também não está listada em risco de extinção.
Suspeito é detido durante operação
Além de apreender os materiais e as aves, os agentes conduziram o responsável à Delegacia de Cachoeiro de Itapemirim, onde ele irá responder pelos atos ilícitos praticados, com pena de detenção de um a três anos e multa.
O Iema informou que segue acompanhando o desdobramento dos fatos.
“Essa ação evidencia a importância da colaboração entre os órgãos de proteção ambiental e a comunidade, reforçando o compromisso do Iema na proteção da fauna e flora do Estado”, reforçou o diretor-presidente do Iema, Mário Louzada.
Apesar da atividade denunciada ter ocorrido fora da zona de amortecimento do Parque Estadual Mata das Flores, o Iema participou diretamente da ação.
O gestor do Parque, Anderson Kruger, destacou que a pronta resposta ao recebimento da denúncia reflete o empenho do Instituto em garantir a conservação ambiental e o cumprimento das leis que protegem a vida silvestre.
“Denúncias como essa são essenciais para o trabalho que realizamos. Cada informação recebida fortalece nossa atuação na proteção do meio ambiente. Estamos aqui para garantir que a fauna e a flora do nosso Estado sejam preservadas para as futuras gerações”, disse o gestor Anderson Kruger.