Cerca de 11% da população rural residente no Espírito Santo tem mais de 60 anos, segundo dados do último censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. Já o Censo Agropecuário realizado pelo mesmo instituto em 2017 constatou que, dos 80,8 mil estabelecimentos rurais familiares capixabas, 45% são dirigidos por pessoas acima de 55 anos.
Tendo em vista o grande número de idosos no meio rural capixaba e atento ao fato de que eles fazem parte do grupo de risco do coronavírus, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) orientou seus técnicos a realizar o trabalho remoto, evitando, assim, a principal forma de contágio, que é o contato pessoal, preservando o agricultor capixaba dos riscos da pandemia.
Há idosos em estabelecimentos da agricultura familiar que não ocupam o posto de direção da unidade, na condição de pais, avós, sogro, sogra, etc.
“É razoável estimar que haja idosos em pelo menos 80% dos estabelecimentos rurais familiares do Espírito Santo, ou seja, oito em cada dez estabelecimentos agropecuários têm um idoso”, ressalta o engenheiro agrônomo do Incaper, Enio Bergoli, que analisou os dados.
Atendimento remoto
“Adotamos esse tipo de atendimento como forma de manter o agricultor assistido sem colocar essa população em risco, contribuindo para a diminuição da incidência dos casos, sobretudo, entre os agricultores mais idosos”, afirma a gerente de Assistência Técnica e Extensão Rural do Incaper, Jaqueline Sanz.
“O Incaper está seguindo as diretrizes estabelecidas pelo governo do Estado para que os serviços de pesquisa, assistência técnica e extensão rural sejam mantidos, preservando a vida e o bem-estar tanto dos servidores quanto da população capixaba”, disse o diretor-presidente do Incaper, Antônio Carlos Machado.