Desde a noite deste domingo (18), um incêndio de grandes proporções tem devastado a Mata das Flores, importante unidades de conservação da Mata Atlântica, localizada no município de Castelo, no Sul do Espírito Santo.
O fogo, que começou nas imediações do bairro Niterói, próximo à zona de amortecimento do parque, já queimou uma área significativa e segue avançando, desafiando os esforços das equipes de combate.
Segundo o diretor-presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), Mário Stella Cassa Louzada, o incêndio teve início no início da noite de domingo e rapidamente se alastrou pela vegetação seca da região.
“O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente e atuou para prevenir que as chamas atingissem as casas, mas não conseguiu controlar todos os focos. O fogo avançou durante a noite e, nesta manhã, adentrou a região do parque”, relatou.
Durante toda esta segunda-feira (19), equipes do Corpo de Bombeiros, Iema e Defesa Civil de Castelo trabalharam para conter o incêndio, mas as condições adversas tornaram o combate extremamente difícil.
“Contamos com a presença do helicóptero do Notaer no final da tarde, mas não conseguimos vencer as chamas. São vários focos espalhados por uma região muito montanhosa e seca. A situação é crítica, e o acesso é dificultado pela falta de estradas e pelo excesso de fumaça, que impede o sobrevoo da aeronave”, explicou Louzada.
A preocupação maior das equipes agora é evitar que o fogo atinja áreas mais preservadas do parque, onde estão localizadas árvores centenárias, como o jequitibá-rosa, símbolo do Espírito Santo.
“Amanhã, teremos um reforço de mais 20 bombeiros. Nossa missão será tentar impedir que o fogo avance para essas áreas sensíveis. Será uma operação complicada, mas estamos determinados a proteger o máximo possível dessa importante reserva natural”, afirmou o diretor-presidente do Iema.
Esta é a primeira vez que o Parque Estadual Mata das Flores enfrenta um incêndio dessa magnitude. O parque, que abrange uma área de 800 hectares, é conhecido por sua rica biodiversidade e pela presença de espécies raras e ameaçadas de extinção.