Um homem de 19 anos morreu na manhã deste domingo (30) após invadir o recinto de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, conhecido como “Bica”, em João Pessoa (PB).
A vítima escalou uma parede de cerca de seis metros, ultrapassou grades de proteção e entrou no cercado do animal.
Imagens registradas por visitantes mostram o momento em que ele desce por uma árvore interna e é atacado pela leoa.
De acordo com a perícia da polícia, o homem foi identificado como Gerson de Melo Machado, de 19 anos, conhecido como “Vaqueirinho”.
A causa da morte foi choque hemorrágico provocado por ferimentos perfurantes e contundentes no pescoço.
Conforme relatos da gestão do parque e da perícia, há indícios de que o jovem sofria de transtornos mentais.
Em nota, a administração do zoológico afirmou que a leoa, nascida em 2006, permanece sob cuidado veterinário e que não há plano de eutanásia, apesar do choque e estresse causados pelo incidente.
O parque foi fechado temporariamente para remoção do corpo e investigação.
Contexto e repercussão
O caso provocou comoção e gerou questionamentos sobre segurança em zoológicos, sobretudo sobre o controle de acesso a recintos de animais perigosos.
Autoridades e parte da sociedade civil levantam também a necessidade de atenção ampliada às condições de saúde mental, tema que ganha urgência diante dos altos índices de adoecimento psicológico no Brasil.
Saúde mental no Brasil – panorama geral
Estimativas divulgadas há mais de uma década apontavam que cerca de 23 milhões de brasileiros, cerca de 12% da população, já apresentavam algum tipo de transtorno mental.
Entre eles, pelo menos 5 milhões conviveriam com doenças graves e persistentes.
Em 2024, o número de afastamentos do trabalho por transtornos mentais e comportamentais alcançou mais de 440 mil pessoas, um recorde histórico.
Entre as razões, prevaleceram transtornos de ansiedade, depressão e estresse grave.
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