O Líbano vive um período de instabilidade política e uma grave crise econômica em que a carne virou artigo de luxo. Em março deste ano, o país deu um calote de US$ 1,2 bilhão (R$ 6,38 bilhão) em seus credores. Nesta terça-feira (4), a capital Beirute foi alvo de uma grande explosão, ocorrida na região portuária. Ainda não se sabe se foi um acidente ou atentado terrorista, mas o clima no país não é dos melhores.
Na próxima sexta-feira (7), um tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU), formado por resolução do Conselho de Segurança, deve emitir a sentença contra quatro homens acusados de terem participado do assassinato ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, em 2005.
Os réus são membros do grupo xiita Hezbollah e serão julgados à revelia pelo Tribunal Especial do Líbano (TSL), com sede em Haia. Além do primeiro-ministro sunita, 21 pessoas morreram na explosão de 2005. O Hezbollah, que conta com o apoio do Irã, nega participação no crime.
Renúncia
Na última segunda-feira (3), o ministro das Relações Exteriores libanês renunciou.
Após a suspensão das negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um empréstimo de US$ 10 bilhões (R$ 53,2 bilhões), o governo, que conta com o apoio do Hezbollah, busca conseguir ajuda financeira de países do Golfo, como Kuwait, Iraque e Catar.