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Mães que escolhem amamentar dizem que ato não pode ser romantizado

redacao
Redação Dia a Dia

Que o aleitamento materno é muito importante para a saúde do bebê todos já ouvimos falar. Que a maioria das mães que podem amamentam até no mínimo seis meses de vida também não é novidade, especialmente para as mulheres.

O que quase ninguém comenta é o desgaste que a mãe sofre para manter o período regular das mamadas, geralmente com menos de duas horas de intervalo. Essa nova rotina causa exaustão e noites mal dormidas àquelas que não possuem suporte do companheiro ou das famílias.

Juliana Alves, 33 anos, assessora legislativa, mãe de quatro filhos, o último com quatro meses, conta que amamentou as três filhas exclusivamente com o leite materno até os seis meses de vida, e que por experiência própria, sabe o tamanho desse cansaço.

Destaca que amamentar é muito gratificante, mas admite que é muito exaustivo e que talvez por isso muitas mulheres parem de amamentar no peito, ou outras até amamentem, mas não veem a hora para inserir frutas, sucos e papinhas na alimentação da criança.

“Muitos maridos não compreendem esse cansaço, muitas mães não têm rede de apoio e passam por esse momento prazeroso, mas delicado e cansativo, praticamente sozinhas”, reforça.

Outro problema relatado por Juliana é que os bebês choram por outros motivos que não a fome.  “Às vezes alguém pega o bebê e você respira aliviada porque vai ter um pequeno descanso, mas a criança chora e te devolvem imediatamente para dar mamar, quando às vezes a criança só precisa de alguém que a acalente”, enfatiza.

Juliana admite que amamentar é difícil, mas que nada é tão gratificante quanto ver o sorriso do filho para ela. “Ele é totalmente dependente. É uma responsabilidade grande mantê-lo bem, mas também uma benção de Deus poder alimentá-lo e tê-lo em meus braços. Mas fácil não é”.

 

Faria tudo de novo

Outra que está amamentando é a designer de sobrancelhas Victória Barbosa de Paulo, 17 anos, que tem uma filha de um ano e quatro meses. Ela conta que teve leite horas após o parto, mas que a bebê não mamava, o que fez com que os peitos ficassem muito cheios e ela sentisse muita dor.

 

 

Victória relata que no início da gravidez a preocupação era estética, se os seios ficariam flácidos, mas logo em seguida isso deixou de ter importância. Lembra que engordou muito na gestação, e que isso a abalou muito.

Apesar da mudança que um bebê traz à vida e ao corpo, diz que pretende amamentar a filha até os dois anos, mesmo lembrando que o peito  “empedrou”, os bicos sangraram e ela ter sentido muita dor, que se iniciou logo após o nascimento da filha.

Destaca que é muito importante mostrar que nem tudo são flores na amamentação para muitas mamães, e principalmente para as outras pessoas, que precisam parar de romantizar algo que ao mesmo tempo é tão lindo, mas que precisa ficar claro que  também é muito cansativo e doloroso.

“Faria tudo novamente. Foi muito sofrido, difícil, dolorido demais. Mais tentei e isso me deixou mais forte. Amamentar minha filhinha é mágico, amo olhar para ela enquanto mama e sei que isso é o que posso oferecer de melhor pra ela”.

 

Experiências que se repetem

As amigas Marina Paiva e Cristina Gouveia (nomes fictícios, histórias reais), 56 anos, professoras e amigas íntimas e de longa data, contam que um dos períodos mais difíceis da vida de ambas foi o período dito de resguardo, quando começaram a ter que lidar com a amamentação,  choros de bebês, troca de fraldas e noites e dias cansativos e cheios de novidades. As crianças nasceram com menos de dois meses de diferença.

Elas tiveram filhos depois dos 35 anos, fato incomum naquela época, já que as mulheres se casavam mais jovens e logo pariam, e dizem que o fato de serem mais maduras não as impediu de passar perrengues por causa da maternidade, uma experiência gostosa, mas assustadora.

Naquele tempo, relatam, a decisão de ser mãe era muito romantizada e as pessoas, especialmente as mais velhas, diziam que o nascimentos dos filhos era a melhor coisa da vida, que elas tinham que amar aquele momento, que todas deveriam amamentar. “As que por algum motivo ou outro não amamentavam sofriam críticas cruéis”, relata Cristina.

Mas elas dizem que choravam escondido no banheiro porque achavam tudo horrível e se sentiam culpadas por odiar tanto aquele período de tanto cansaço físico, mental e emocional, como se fossem as piores mães do mundo.

“Eu não dormia direito, a bebê chorava e eu chorava junto porque não sabia o que fazer, não conseguia amamentar direito porque o peito doía. Passava muitas noites em claro. Foi horrível”, conta Marina.

Cristina diz que se sentia muito mal porque odiava aquele pós-parto, que o sangue escorria a cada vez que tentava dar de mamar ao filho, mesmo tendo seguido todas as recomendações do médico para deixar o peito no sol durante a gravidez.

Ela conta que se sentia anormal, uma mãe horrível porque detestava tudo aquilo, apesar da vida ter ganho outro sentido quando ouviu o chorinho do filho ainda na sala de parto.

“Só fiquei menos culpada quando liguei para a Marina chorando e ela chorou também, dizendo que estava se sentindo exatamente como eu. Brincamos que aquilo só poderia ser falado no quarto, de portas e janelas fechadas e no escuro, senão seríamos linchadas”, sorri.

Mas tanto uma quanto a outra diz que a maternidade está entre as melhores coisas da vida, e que valeu a pena e fariam tudo de novo.

“A maternidade, e as dores que ela trás, ensinam muito. A gente amadurece e fica mais forte. Até mais corajosa”, destaca Marina.

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