Mais de 160 aves silvestres foram devolvidas à natureza na manhã desta quarta-feira (27), na região do Caparaó do Espírito Santo, graças a uma parceria entre órgãos públicos de defesa do meio ambiente. A ação faz parte das ações de educação ambiental desenvolvidas em Guaçuí.
A soltura dos animais envolveu a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), o Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (Cereais), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e a Polícia Militar Ambiental. Ao todo, 164 animais foram libertados.

As aves vieram do Cereias, em Aracruz, e foram levados até um viveiro de aclimatação, onde foram alimentadas e observadas, avaliando o possível estresse da viagem, sendo encaminhadas a uma mata fechada na área do Parque Ênio Fazolo dos Reis, em Guaçuí, quando foram soltas pela manhã.
Participaram da soltura o secretário municipal de Meio Ambiente de Guaçuí, Roberto Martins; o biólogo e coordenador do Cereias, José da Penha Rodrigues; um agente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o professor João Batista de Oliveira Gomes.

Entre os animais silvestres soltos estavam trinca-ferros, canários, coleiros, bigodinhos, tico-ticos, sanhaços, melros, jandaias-estrela, periquitão-maracanã, jacupembas, tiê-sangue e papagaios-chauá, este último na lista de risco de extinção.
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Todas as aves estavam devidamente marcadas por anilhas. Sobre todos os animais recolhidos consta um registro das informações, incluindo quantidade e sexo, além da produção de um registro fotográfico, filmagem que serão utilizados nas atividades de educação ambiental realizada pela Semmam.
Meio ambiente
De acordo com o coordenador do Cereias, cerca de 95% dos animais recepcionados pelo centro são provenientes das ações de recolhimento/apreensão dos órgãos de defesa do meio ambiente em várias partes do Estado, incluindo a região do Caparaó.
Os animais encaminhados ao Cereias passam por uma rigorosa avaliação veterinária, são medicados, tratados e, após recuperação, passam por uma nova avaliação com o biólogo José da Penha, que vai dizer se estão aptos ou não para a reintrodução na natureza.

“A soltura de animais de volta à natureza tem como objetivo a proteção da fauna silvestre que tem sido ameaçada, principalmente, pelo desmatamento, queimadas, ocupação desordenada do solo, caça ilegal e tráfico de animais silvestres. Assim, o trabalho de educação ambiental é indispensável juntamente com outras ações preventivas”, informou o secretário Roberto Martins.
Nos últimos cinco anos, este projeto de parceria entre a Semmam e o Cereais devolveu à natureza 535 animais silvestres na região do Caparaó.