R$ 2 bilhões

Imagina um monte de dinheiro do povo recolhido e entregue nas mãos do governo. Agora imagina o governo entregando R$ 2 bilhões desse dinheiro nas mãos de partidos políticos. A grosso modo isso é o Fundo Partidário, aprovado pelo Congresso em dezembro do ano passado para as Eleições 2020 e sancionado por Bolsonaro. A proposta em si não é ruim. Evita doações de grandes empresas para candidatos escolhidos a dedo. Lembra da JBS, que sozinha doou R$ 400 milhões nas eleições de 2016?

Mas…

O problema é que o dinheiro acaba indo para os partidos com maior representatividade no Congresso. PT, PSL e MDB são os partidos que mais devem arrecadar, seguidos de PSDB e PSB. Ou seja, mais dinheiro para aqueles que já têm dinheiro, pois elegeram mais deputados e senadores que vão ajudar a eleger governadores, deputados estaduais , prefeitos e vereadores. Ou seja, quem está no poder vai continuar no poder.

Covid-19

Com a pandemia de coronavírus, muitos políticos apoiam a destinação desses R$ 2 bilhões para o combate, prevenção e compra de equipamentos durante a disseminação da doença. Rose de Freitas e Contarato seriam dois dos senadores que apoiam a medida.

Prazo

A destinação dessa montanha de dinheiro precisa ser votada pelos congressistas, mas será necessária muita pressão popular para que as águias de Brasília larguem o osso, já que é com dinheiro que muito dirigente partidário desonesto se esgueira pelas sombras.

Delegado

Imagine um delegado prefeito. Vila Velha viu esse filme.