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Lorraine Juri é especialista em radioterapia. Foto: Julia Terayama/IRV

Médica tira 10 dúvidas sobre o 2º câncer que mais mata homens no Brasil

redacao
Redação Dia a Dia

O câncer de próstata é a segunda maior causa de morte pela doença em homens no Brasil (atrás apenas dos tumores de pulmão), de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), que estima para 2020 a ocorrência de 65.840 novos casos. Para o Espírito Santo, a estimativa é de 1.380 registros este ano.

A boa notícia é que quanto mais cedo ele é descoberto, as chances de cura giram em torno de 90%, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Dados do Atlas de Mortalidade por Câncer, com informações do Ministério da Saúde, revelam que 15.576 homens morreram em decorrência do avanço do tumor de próstata, em 2018. No ano passado, a doença matou 318 homens no Espírito Santo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). De janeiro a setembro deste ano, foram registrados 238 óbitos.

Neste Novembro Azul, mês em que acontece a campanha de conscientização sobre a necessidade da prevenção e diagnóstico, a médica Lorraine Juri, especialista em radioterapia, responde a 10 dúvidas sobre a doença.

Qual é a chance de um homem ter câncer de próstata?

Lorraine Juri – No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

É considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

Qual a diferença entre tumor benigno de próstata e câncer?

A próstata fica localizada logo abaixo da bexiga, envolvendo a uretra, e é responsável por secretar o líquido seminal. Conforme o homem vai envelhecendo, ele pode sofrer com algumas doenças nessa glândula, que pode aumentar de tamanho impedindo a micção. Essas doenças são, no geral, as grandes responsáveis pelo aumento no tamanho da próstata. Quando esse aumento é benigno, chamamos o problema de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), e se for maligno, chamamos de câncer de próstata.

Tenho muita vergonha de ir ao médico. Existe algum exame que substitua o toque retal?

Não. O câncer da próstata pode ser identificado com a combinação de dois exames:

– dosagem de PSA: exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico;

– toque retal: como a glândula fica em frente ao reto, o exame permite ao médico apalpar a próstata e perceber se há nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos (possível estágio inicial da doença). O toque é feito com o dedo protegido por luva lubrificada. É rápido e indolor, apesar de alguns homens relatarem incômodo e terem enorme resistência em realizar o exame.

A biópsia da próstata é o procedimento capaz de confirmar o câncer.

Qual é a função do exame PSA?

O PSA é o exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico. Na maioria dos homens, o nível de PSA costuma permanecer abaixo de 4 ng/ml. Alguns pacientes com nível normal de PSA podem ter um tumor maligno, que pode até ser mais agressivo, por isso esse exame, feito de forma isolada, não pode ser a única forma de diagnóstico.

A partir de que idade os homens devem fazer exames preventivos de câncer de próstata e qual é a periodicidade indicada?

Tema polêmico. A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar melhor chance de tratamento.

A detecção pode ser feita por meio da investigação, com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.

No caso do câncer de próstata, esses exames são o toque retal e o exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA.

Algumas entidades recomendam o rastreio do câncer de próstata com PSA e o toque retal a partir dos 45 anos por todos os homens, e a partir dos 40 anos para aqueles da raça negra ou que têm história de câncer da próstata na família.

Entretanto, ainda não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de próstata traga mais benefícios do que riscos.

O câncer de próstata tem cura?

Sim, o câncer de próstata tem cura. O diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados no tratamento.

Como a radioterapia pode ser aplicada no combate ao câncer de próstata?

A radioterapia é uma das opções usadas no tratamento dos tumores de próstata. Existem outras opções como cirurgia, terapia hormonal, quimioterapia. A escolha do tratamento mais adequado deve ser avaliada com o médico.

Câncer de próstata pode levar à impotência sexual?

A impotência sexual é uma das principais preocupações dos homens em tratamento. Estudos na literatura médica mostram uma ampla variação da ocorrência desse efeito colateral, indo de 7% a 90% dos casos tratados com cirurgia ou radioterapia.

Essa ampla variação de resultados ocorre por diversos fatores que dificultam a comparação entre grupos de pacientes. A quantidade de informações coletadas em cada estudo difere bastante de um para o outro, assim como as próprias características de cada homem, da doença e do grau de experiência da equipe médica com determinado tipo de tratamento.

Fica claro que a ocorrência de impotência sexual é um evento multifatorial e que o risco de sua ocorrência deve ser discutido com o médico de forma individualizada em cada caso.

Quais são os sinais do câncer de próstata?

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Existem fatores de risco que devem ser observados?

A idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.

Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias.

Excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de próstata avançado.

Exposições a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio), arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer de próstata.

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