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Foto ilustrativa: Heci

Médico de Cachoeiro explica como detecção precoce ajuda a tratar linfomas

redacao
Redação Dia a Dia

O 15 de setembro é o Dia Mundial de Conscientização sobre os Linfomas, que é um tipo de câncer que acomete mais de 14 mil pessoas por ano no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O principal objetivo da data é a prevenção da doença, que se for descoberta de forma precoce, tem boas perspectivas de tratamento.

O linfoma é um câncer do sangue, assim como a leucemia. Ele ataca o sistema responsável por ajudar a combater infecções, que é o sistema linfático, composto por órgãos, vasos, tecidos linfáticos e pelos linfonodos, que se distribuem em posições estratégicas do corpo para ajudar na defesa contra infecções. Esse sistema produz e transporta os glóbulos brancos, células que combatem as infecções e participam do sistema imunológico.

O linfoma ocorre quando as células normais do sistema linfático sofrem mutações e passam a se multiplicar sem parar, disseminando-se pelo organismo. Existem dois tipos: linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não-Hodgkin (LNH).

Nesta entrevista, o médico hematologista e coordenador do Banco de Sangue do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (Heci), André Sena, explica as características deste tipo de doença.

O Heci é referência no tratamento oncológico clínico e cirúrgico em todo o Sul do Espírito Santo.

André Sena é médico hematologista e coordenador do Banco de Sangue do Hospital Evangélico de Cachoeiro. Foto: Heci

Confira a entrevista

O que é linfoma?
André Sena – São tumores malignos de células que nascem no sangue, na medula óssea e migram para os linfonodos (ínguas). Mas ele pode aparecer em qualquer lugar do corpo que existe o tecido linfóide (tecido de células de defesa do sangue), ou seja, pode aparecer no próprio sangue, no fígado, no baço.

Tem prevenção?
Não diria que existe prevenção. Mas assim como em outras formas de câncer, dietas ricas em verduras e frutas, podem ter efeitos protetor contra o linfoma não-Hodgkin.
O que de fato existem são grupos que estão mais expostos como pessoas que lidam com agentes tóxicos, com raios ionizantes. Na realidade, a prevenção seria a ausência de contato com esses agentes tóxicos no dia a dia, o que talvez pode não ser uma coisa muito fácil de ser feita.

Quais são os primeiros sintomas a serem observados?
O quadro clínico normalmente é de linfonodos (ínguas) aumentados principalmente no pescoço, as axilas e na virilha. Também pode se apresentar com aumento do volume do baço e às vezes com algumas alterações no sangue que se assemelham um pouco a leucemia. E esse quadro clínico, em geral, é acompanhado por perda de peso e apetite, febre vespertina seguida de uma sudorese bem intensa.

Usualmente, quais os exames que o paciente faz para detectar a presença deste tipo de câncer?
Quando há sintomas, com presenças de ínguas, normalmente se começa a investigação por exames de imagem (tomografia pet scan), que nos dá primeiro uma dimensão do acometimento (onde estão presente os linfonodos)
Junto a isso, exames de sangue, para saber como está a função renal, hepática entre outras. O diagnóstico será finalizado pela biópsia.

Como é o tratamento? E as chances de cura?
Para tratar, eu preciso saber o grau de comprometimento deste linfoma. Dependendo do tipo de linfoma, são vários tipos: os Hodgkin e não-Hodgkin, que sofrem subdivisões, as chances de cura são variadas. A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, associação de imunoterapia e quimioterapia, ou radioterapia. No caso dos linfomas indolentes, as opções de tratamento variam desde apenas observações clínicas, até tratamentos bastante intensivos, dependendo da indicação médica. A estratégia de tratamento dependerá do tipo específico de linfoma não-Hodgkin.
Outros fatores que também influenciam na cura são a faixa etária do paciente, a condição física, sem outras doenças mais pesadas. A grande parte dos linfomas hoje é tratável e curável. Alguns deixam doenças crônicas como sequelas. Mas ainda existe uma pequena parcela, infelizmente, que não conseguimos tratar.

No Hospital Evangélico, os números são altos para esse tipo de câncer?
Desde 1998, tratamos linfomas no Heci. Nós seguimos as estatísticas do Brasil e do mundo uma vez que tratamos todo o Sul do Estado. É uma estatística grande para uma cidade do nosso tamanho. Temos muitos casos tratados, já curados e em acompanhamento e muitos encaminhados para transplante.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é que 2020 feche com 12.030 novos casos de linfoma não-Hodgkin, sendo 6.580 em homens e 5.450 em mulheres. Já os linfomas de Hodgkin somarão 2.640 novos registros este ano, sendo 1.590 homens e 1.050 mulheres.

Existe uma faixa etária ou grupo de incidência deste tipo de câncer?
Existem os linfomas de Hodgkin que tem dois picos: na adolescência e juventude e ou entre 45 e 50 anos. Tem comportamentos e prognósticos diferentes. Temos também, os linfomas não-Hodgkin de grandes células que normalmente atinge uma faixa etária entre 35 e 55 anos. E temos os linfomas não-Hodgkin de baixo grau que normalmente são de pessoas já da terceira idade. No Hospital Evangélico não tratamos crianças, apenas adultos.

Gostaria de deixar uma mensagem para a população neste dia mundial de conscientização sobre os linfomas?
Nós devemos ter uma conscientização de que o linfoma é um tumor tratável e curável. Nosso arsenal terapêutico é muito grande, principalmente após o advento dos medicamentos monoclonais em 1999. Então essa conscientização vai trazer para nós médicos, uma capacidade de pegar pacientes em fase mais precoce e assim, ter um sucesso maior no tratamento e cura.
O nosso serviço aqui do Hospital Evangélico está pronto para tratar qualquer tipo de linfoma e pronto para receber os pacientes que serão muito bem cuidados com o que há de melhor no Brasil e no mundo.

O médico inglês Thomas Hodgkin fez o primeiro relato sobre linfomas e doenças hematológicas. Foto: Arquivo/Heci

Quem foi Hodgkin?
Thomas Hodgkin foi um médico inglês, nascido em 1798, que ficou conhecido por seu pioneirismo na medicina preventiva e por ter feito o primeiro relato sobre linfomas e doenças hematológicas, em 1832, que levariam o seu nome. Ele era considerado o maior patologista de seu tempo.

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