Câmeras posicionadas em 17 cidades do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e do Rio de Janeiro registraram a passagem de um meteoro pela atmosfera terrestre.
O registro foi feito por câmeras do Clima ao Vivo, que cobre várias cidades brasileiras, e em parceria com a Brazilian Meteor Observatory (Bramon), no Rio de Janeiro.
No Espírito Santo, o bólido foi avistado de uma câmera situada na cidade de Bom Jesus do Norte, que faz divisa com o Rio de Janeiro.
Pelos cálculos da Bramon, a rocha atingiu a atmosfera às 3h46 de segunda-feira (22).
Surgiu no céu a 79 km de altitude sobre Guaratinguetá-SP e seguiu em direção nordeste a uma velocidade de 54,3 mil km por hora, ou 15,1 km por segundo, num ângulo de 12º em relação ao solo.
Ainda, segundo a Bramon, o meteoro percorreu uma distância de 187 km em 12,4 segundos até desaparecer a 40,2 km de altitude na zona rural de Ibertioga-MG.
De acordo com o astrônomo, Marcelo Zurita, asteroides, meteoroides e cometas orbitam o sol em uma velocidade altíssima, algo entre 40 mil e 266 mil quilômetros por hora.
Ele completa que, quando atingem a atmosfera da Terra nessa velocidade, mesmo fragmentos tão pequenos quanto um grão de areia são capazes de aquecer instantaneamente os gases atmosféricos, gerando um fenômeno luminoso chamado de meteoro.
“Então, o meteoro é apenas o fenômeno luminoso, nada mais. Meteoro não é sólido, não é líquido e nem gasoso, é apenas luz”, destacou.
Popularmente, o meteoro é também chamado de estrela cadente.