Em caixas de papelão, gavetas e malas. Policiais federais encontraram pilhas de dinheiro escondido em diversos pontos da residência de um hacker de 32 anos, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo.
Ele foi um dos alvos da operação Creeper, deflagrada na manhã desta quarta-feira (3) em três cidades para combater os crimes de fraudes bancárias, invasão de dispositivo de informática e lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Federal, o hacker de Cachoeiro é um dos mais atuantes do país. O valor encontrado na residência ainda está sendo contabilizado, mas a estimativa, é que o total de valores apreendidos fique entre R$ 5 milhões a R$ 10 milhões.
A operação contou com a participação de 40 policiais federais, que cumpriram oito mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados em Cachoeiro, Guarapari e São Paulo.
Entenda o caso
Creeper, segundo a Polícia Federal, é o nome daquele que é considerado o primeiro vírus de computador do mundo.
As notícias mais importantes do dia direto no seu WhatsApp! 📲
A investigação iniciou após descoberta de fraudes em contas bancárias da Caixa Econômica Federal a partir de um relatório produzido na Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal em Brasília.
A produção da informação foi decorrente da atuação da Força Tarefa Tentáculos, a qual é uma parceria entre a Polícia Federal e instituições financeiras no combate a fraudes bancárias.
As investigações demonstraram que contas sofreram ação de hacker que vinha atuando no desenvolvimento de programas maliciosos para infectar dispositivos de informática, a fim de obter dados e praticar a subtração de quantia em dinheiro das contas bancárias invadidas.
Provas apontam que o hacker de Cachoeiro criou programas maliciosos para a prática das fraudes e se utilizava de um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, proveniente das subtrações dos valores das contas.