Enquanto boa parte da população capixaba está cuidando de sua própria vida, em Itapemirim mais de 1 mil militares de várias partes do país vivem uma situação próxima a de uma guerra ou de tragédia natural, com grande mobilização de blindados, helicópteros e navios.
É a Operação Dragão XXIX, da Marinha do Brasil, que este ano está inserida na operação conjunta Atlântico V, do Ministério da Defesa, que engloba as três forças – Marinha, Exército e Força Aérea.
Quem passa pela Rodovia do Sol consegue ter uma pequena noção dos exercícios militares pelas dezenas de embarcações espalhadas no mar e pela movimentação de fuzileiros e alguns veículos militares.
Mas é fora da vista do grande público que a ação realmente ocorre. Boa parte da ação está nos navios – são mais de 20 embarcações espalhadas pela orla – ou na zona rural.
Este ano, os militares simulam um cenário em que as Forças Armadas precisam se unir para resgatar brasileiros em um país estrangeiro que vive uma situação de conflito ou desastre natural que represente risco para suas vidas.
O Dia D da Operação foi nesta sexta-feira (9). Antes do sol sair, por volta de 5h40, em baixo de chuva e vento, seis carros lagartas anfíbios (Clanfs), que flutuam na água, invadiram a orla capixaba, após sair dos navios, com 25 militares cada um.
Logo em seguida, embarcações se aproximaram da praia, de onde desceram caminhões, viaturas, blindados e outras centenas de militares. Da orla, o grupo seguiu para a zona rural ou na área de treinamento da Marinha, onde continuam as simulações.
De acordo com o capitão de Mar e Guerra fuzileiro naval, Dirlei Donizete, oficial de operações da Força de Fuzileiros da Esquadra, as equipes se preparam com o objetivo de conseguir resgatar até 3 mil civis.
No exercício, os brasileiros seriam os tupinenses, que residem no País Amarelo, nação que vive um clima de instabilidade.
O capitão ressaltou que são trabalhadas três ambientes possíveis, começando com uma região sem ameaça aparente. As tropas também atuam em zonas de risco incerto e, por fim, em áreas de hostilidade.
Para isso, são preparados dois locais para receber os civis. Uma é a área de reunião, onde serão atendidos e passarão por triagem. E por fim são direcionados para o centro de controle de evacuados.
O treinamento segue até segunda-feira (12), quando os militares se retiram do Espírito Santo.
Veja mais tarde continuação da cobertura sobre a ação dos militares no Litoral Sul