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Miria, a menina que sonhou com uma capelinha azul e deixou um legado de fé

Algumas vidas parecem nascer marcadas por um propósito. Como disse Santa Teresinha do Menino Jesus, “cada alma tem sua missão na terra”.

Às vezes, essa missão não se explica pela lógica, mas se revela na força da fé e na delicadeza dos gestos.

É assim a história de Miria, uma menina da Sambra (Soturno), em Cachoeiro de Itapemirim, que mesmo diante de uma doença grave, deixou marcas profundas em sua comunidade antes de morrer aos 10 anos.

Tudo começou com Izabel Lunz Silotti, devota de Sant’Ana, que, após um parto difícil, prometeu reunir vizinhos e familiares para rezar o terço e acender uma fogueira em agradecimento à santa.

Daquele gesto nasceu uma tradição que uniu o bairro e espalhou devoção por gerações.

Anos depois, a neta de Izabel, Rosária Fornazier Silotti, brincava de montar altares e capelinhas no quintal da família, criando um espaço sagrado feito de inocência e esperança.

Ali, a comunidade se reunia para orar, fortalecendo laços de vizinhança e espiritualidade.

Fé mesmo diante da doença

Diagnosticada com uma condição grave, Miria passou por cirurgias e tratamentos no Rio de Janeiro, mas nunca perdeu a alegria e a fé.

Ela contava ao pai sobre a visão de uma capelinha azul, cheia de estrelinhas, onde Maria vestia um manto branco.

Em outubro de 1959, após mais uma série de tratamentos, Miria foi recebida pela comunidade com festa: escolas suspenderam aulas e crianças da Cruzadinha a cercaram com fitas amarelas, enquanto ela carregava a imagem de Nossa Senhora de Fátima.

Os médicos diziam que lhe restava apenas uma semana de vida. Assistida pelo Frei Severino, Miria aceitou o fim com serenidade e pediu apenas uma vela. Ela morreu no dia 23 de outubro de 1959.

Milagre ou legado?

Após sua morte, relatos de curas e graças atribuídas à sua intercessão começaram a circular. A fé daquela menina deixou rastros de fé e esperança.

Mas o que se mantém, de forma concreta, é o impacto que sua breve vida teve na comunidade: a construção da nova igreja, erguida com bingos, leilões e doações, e a realização da capelinha azul que ela sonhara.

Hoje, a Comunidade Nossa Senhora de Fátima, na Sambra,que pertence à Diocese de Cachoeiro, mantém vivo o legado de Miria, lembrando que até uma vida curta pode deixar marcas eternas de fé, esperança e união.

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