A instalação de câmeras em áreas públicas de Mimoso do Sul está chamando a atenção de moradores e comerciantes da cidade.
São pelo menos 10 câmeras instaladas em vários pontos da cidade, algumas em frente à prefeitura, que informou não ter ligação com os responsáveis pela ação.
Inclusive, a prefeitura chegou a registrar boletim de ocorrência alegando a existência de um serviço clandestino de vídeo-monitoramento sem qualquer autorização municipal ou solicitação.
“Em frente à minha loja tem uma câmera. É bom para a segurança, mas é preciso que fique mais claro para a população”, disse Darcy Pires Mofatti, 47, que tem uma oficina de motos na cidade.
“Se forem legalizadas pelos órgãos públicos não vejo nenhum problema. Acho até benéfico para a população. Mas se não tem legitimidade fica um pouco obscuro”, disse o comerciante Dinomar Pereira dos Anjos.
Câmeras serão doadas
A reportagem conversou com o empresário José Maria Morini, responsável pela instalação das câmeras.
Ele, que é representante da empresa Mais Conection, explicou que os equipamentos fazem parte do projeto Cidade Segura, uma parceria sua com o instituto Galante e um grupo de empresários, com o objetivo de ajudar na Segurança Pública do município.
José Maria garantiu ainda que as câmeras serão doadas à prefeitura, que não terá custo algum, tanto na instalação, quanto na manutenção dos equipamentos.
O termo de doação, que foi apresentado à reportagem, já foi protocolado na prefeitura na sexta-feira (30).
Segundo ele, serão ao todo 30 câmeras, sendo que 25 ficarão na sede e cinco nos distritos.
Uma das câmeras tem sistema de inteligência artificial, equipamento que faz leitura de placas e que pode identificar veículos roubados ou envolvidos em crimes.
A proposta é que as imagens sejam cedidas às polícias Civil e Militar, para auxiliar nas investigações.
Ele explicou que não é uma atividade clandestina, uma vez que possui contrato com a EDP para o uso dos postes, ressaltou que não há legislação que normatize as câmeras, e que não vai vender o serviço, mas doá-lo à prefeitura.
Segundo ele, os custos serão mantidos pela sua empresa e pelo grupo de empresários. “Sempre morei nessa cidade. É aqui que tiro meu sustento. Foi uma forma de retribuir, ajudando com a segurança. E vários empresários abraçaram o projeto”, afirmou.