ARTIGO: Alice Batista de Avelar, advogada, MBA em Auditoria Digital e Direito Tributário, apaixonada por moda e estilo
Comprar roupas, calçados e acessórios seminovos está se tornando sinônimo de estilo e sofisticação. Segundo pesquisas, o consumo de peças de segunda mão vai superar o fast fashion até 2028.
Uma das tendências desde 2019 é a moda sustentável. E não faltam ideias para um consumo de moda mais ecológico e humano. É superfácil encontrar brechós e bazares online no Instagram — basta seguir um ou dois que as sugestões com mais páginas não param de brotar na tela do seu celular.
Porém, consumo consciente vai além de vender peças usadas na internet por preços acessíveis. Tem gente criando iniciativas ainda mais sustentáveis.
Não somente na internet, a ideia de bazar está em constante crescimento: atualmente, também vemos em pontos fixos, ou seja, bazar e brechó nos quais você pode comprar, e também deixar peças que você não usa mais, como forma de doação ou mesmo uma parceria para que as peças usadas sejam vendidas.
O caminho é dar um novo propósito às peças. Uma roupa nova precisa de muitos recursos para ser produzida. A indústria têxtil é uma das maiores geradoras de poluentes, e a maneira como sua cadeia de produção funciona raramente é transparente.
Além de levar as pessoas a pensar sobre o consumo acelerado de peças sempre novas, a ideia de bazar e brechó também traz a possibilidade de, com esse estilo de consumo, fazer um trabalho social. Além de reduzir o impacto ambiental, já que as roupas doadas ganham novos donos, é possível reverter parte da renda para a caridade.
Nos Estados Unidos, existem várias “thrift shops”, que são brechós superbaratos, cuja renda normalmente vai para caridade. No exterior, essas lojas são populares por venderem não só roupas, mas até móveis usados, para quem busca alternativas de consumo mais baratas, ecológicas e sustentáveis.