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Mulher de 61 anos é a primeira vítima fatal do Oropouche no Espírito Santo

redacao
Redação Dia a Dia

Em coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (10), a Secretaria da Saúde (Sesa) confirmou o primeiro óbito no Espírito Santo causado pelo vírus Oropouche. O Oropouche é uma arbovirose, ou seja, uma doença causada por vírus transmitidos por artrópodes.

Durante a coletiva, apresentada pela Sesa, foi atualizado o cenário da doença no Estado, assim como a situação de outras arboviroses, como dengue e chikungunya.

A apresentação foi feita pelo subsecretario de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, e pelo coordenador do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES), Rodrigo Rodrigues.

O óbito confirmado é de uma mulher de 61 anos, moradora do município de Fundão. O óbito ocorreu no dia 28 de agosto, e a amostra foi enviada ao Lacen/ES no dia 30, com a primeira confirmação pelo vírus feita no dia seguinte.

Entretanto, a equipe realizou uma série de metodologias, para a confirmação final. Dos três óbitos que estavam em investigação pela Sesa, um foi confirmado, um descartado e um segue em investigação.

“A investigação do óbito foi realizada de maneira muito minuciosa, utilizando diferentes métodos para eliminar possíveis causadores e confirmar, de fato, o Oropouche. Testamos a amostra para 295 patógenos e apenas o Oropouche apareceu”, explicou o coordenador do Lacen/ES, Rodrigo Rodrigues, durante a coletiva.

Confira os números

Segundo boletim do Ministério da Saúde, até a o dia 1º de dezembro foram confirmados 9.609 casos de Oropouche em todo Brasil. No Estado, até esta terça-feira (10), são 2.840 casos confirmados no sistema e-SUS Vigilância em Saúde.

Ainda segundo informações do órgão federal, outros três óbitos pelo Oropouche foram confirmados no País, sendo dois registrados no estado da Bahia, e um óbito fetal em Pernambuco.

Maruim é o transmissor do Oropouche

Ainda durante a apresentação, o subsecretario de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso falou sobre o cenário de casos da doença no Estado.

“Os casos apresentaram dois momentos de crescimento, por volta da semana epidemiológica 19 a 21 e depois a partir da semana epidemiológica 41. No primeiro momento, observamos os casos na região noroeste, e nesta segunda onda, com maior prevalência na região sudeste do Espírito Santo”, disse.

Ele explicou que o maruim, transmissor do Oropouche, é muito diferente do Aedes. Ele tem ciclo diferenciado, pois precisa de matéria orgânica, como folhas em decomposição encontradas na zona rural, por exemplo. “Não é que não possa estar na zona urbana, ele se adapta muito bem, mas hoje pelos números temos a maior parte na zona rural. E não tem recomendação do uso de inseticida”, frisou Cardoso.

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O subsecretário ressaltou também as atividades que vêm sendo realizadas pela Sesa no enfrentamento ao Oropouche, que teve o primeiro caso confirmado no Estado em abril deste ano. Entre os processos estão a instituição de protocolos clínicos destinados aos profissionais de saúde e a realização de capacitações e oficinas por todo território.

“Nesta terça-feira (10) estamos com equipe do Instituto Evandro Chagas, do Pará, que é uma referência do Oropouche no Brasil para o trabalho junto aos nossos profissionais na coleta do maruim, transmissor do Oropouche”, lembrou Cardoso.

Na próxima semana, o Estado recebe a equipe técnica do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto Evandro Chagas e de representantes de demais laboratórios centrais do país com o objetivo de aprimorar os protocolos contra a doença, com destaque à proteção às gestantes.

Cuidados da gestante contra a Oropouche

Ainda durante a coletiva, os profissionais destacaram os cuidados que as gestantes precisam ter, uma vez que a Sesa já identificou a transmissão vertical do Oropouche em quatro pacientes no Estado, e confirmou um caso de má-formação congênita em um recém-nascido.

“É importante que a gestante possa evitar as áreas onde há presença do mosquito transmissor, principalmente, porque estamos com uma alta incidência da doença e infestação do vetor.  Caso não seja possível evitar estar nestes lugares, a orientação é usar roupas com mangas longas e uso de repelentes indicados para gestantes”, orientou o subsecretário Orlei Cardoso.

Em julho deste ano, a Sesa encaminhou aos municípios capixabas a Nota Técnica Nº 10/2024 sobre a vigilância da transmissão vertical do vírus Oropouche. A transmissão vertical ocorre quando há a transmissão de uma infecção ou doença a partir da mãe para o seu feto no útero ou recém-nascido durante o parto.

A nota traz as definições de caso suspeito e a importância da coleta da amostra para a testagem pelo método de biologia molecular. Além disso, reforça a notificação de casos suspeitos de arboviroses no sistema e-SUS Vigilância em Saúde (e-SUS VS) para acompanhamento e investigação das equipes de vigilância municipal e estadual, assim como as medidas de prevenção da doença, as quais os municípios devem fortalecer com a população. A nota técnica Nº 10/2024 está disponível neste link.

Cenário da dengue e chikungunya é de atenção

Durante a apresentação do cenário epidemiológico das demais arboviroses, essas transmitidas pelo Aedes aegypt, como a dengue e chikungunya, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, falou sobre a tendência de aumento de casos para as próximas semanas e chamou a atenção para os casos no verão.

Até a semana epidemiológica 49 de 2024 (até o dia 07/12), o coeficiente de incidência nas últimas 4 semanas do Espírito Santo foi de 193 casos por 100 mil habitantes, com uma classificação de incidência média, segundo definição do Ministério da Saúde. Foram, durante o período, 238.992 casos notificados de dengue, sendo 156.703 casos prováveis, 2.525 casos de dengue grave e com sinais de alarme, e 41 óbitos.

“Um aumento de 29,4% em relação aos casos notificados e aumento de 18,3% dos casos prováveis, quando comparado os dados de 2024 aos de 2023”, informou Cardoso. Em relação aos óbitos e aos casos graves, são observadas uma redução de 57,2% e de 31,1%, respectivamente, quando comparados ao ano de 2023.

Os casos de chikungunya, durante o mesmo período de análise, referentes à semana epidemiológica 49 de 2024 e a de 2023, tiveram aumento de 23,9% no número de casos notificados e um aumento de 165,6% nos casos prováveis.

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