Imersão na Mata Atlântica, pesquisas, debates, encontro de artistas de várias partes do Brasil e seis meses de intenso trabalho, coordenado pela designer educadora Juliana Colli e seu criativo grupo de artistas resultou no projeto “Residências das Plantas”, iniciado em janeiro.
Ele será apresentado ao público nos dias 12 e 13 de agosto no Museu de Artes do Espírito Santo (Maes), em Vitória.
O público terá acesso a um site, um vídeo, material educativo e um catálogo, criados a partir de todo esse processo artístico.
Considerado um projeto-piloto de arte educação e arte natureza, “Residência das Plantas” está sendo executado com recursos da Lei Aldir Blanc.
Sua produção contou com duas imersões. A primeira no início do ano, na Serra do Caparaó. Durante 20 dias, um grupo de 10 artistas de várias partes do país participou de uma residência artística, em meio à mata, com acompanhamento e suporte de cinco artistas-moradores da região. Lá produziram arte tendo a natureza como inspiração.
A segunda imersão, em formato digital e com cada participante em sua casa, contou com debates, amadurecimento e refinamento dos processos criativos.
Juliana destaca que a proposta tem cunho educativo e que o objetivo é estimular as pessoas a pensarem sobre as questões de sustentabilidade do planeta sob o viés da arte e, ainda, reforçar a construção da coletividade.
“Afinal, trabalhamos, vivemos e criamos juntos, não só entre a gente, como pessoas, mas também com a natureza”, explicou Juliana.
A escolha pelo tema se justifica, segundo a designer, porque o meio ambiente ganhou ainda mais relevância nos últimos tempos.
“Estamos vivenciando um cenário crítico, com sérios danos à natureza por conta da destruição de fauna e flora que vem ocorrendo por todo o mundo, mas especialmente no Brasil. É um momento preocupante, com muitas catástrofes ambientais, com a natureza pedindo socorro”, desabafou.
O projeto propõe, segundo ela, a construção coletiva de um espaço-tempo para experimentações, trocas e aprendizagem sob um viés “selvagem”.
A designer acrescentou que a “Residência das Plantas” vem sendo construída há algum tempo, a partir de pesquisas e interesses convergentes com dois amigos artistas: Camila Torres e Luís Filipe Porto.
“Os recursos da Aldir Blanc estão nos possibilitando colocar em prática um monte de vontades, além, é claro, de poder sistematizar essa pesquisa”, enfatizou.
Juliana destaca ainda que entre os diferenciais da apresentação na próxima semana está a projeção de imagens do vídeo produzido pelo grupo, com imagens da Mata Atlântica (Caparaó), na fachada do Museu, que fica na avenida Jerônimo Monteiro, no Centro da capital.
SAIBA MAIS
Programação
Dia 12 de agosto (quinta-feira)
– 18 h: projeção de imagens feitas na Mata Atlântica (Caparaó) na fachada do Museu, propondo um diálogo sobre o tema arte-natureza com a instituição (evento presencial, sem transmissão ao vivo).
– 19 h: bate-papo público entre os idealizadores da Residência e o Museu com a participação da convidada Uyra (transmissão virtual, ao vivo, pelo YouTube da Secult-ES).
Dia 13 de agosto (sexta-feira)
– 19 horas: bate-papo público entre os idealizadores da Residência e a artista convidada Charlene Bicalho (transmissão virtual, ao vivo, pelo YouTube da Secult-ES).
Ficha técnica da Residência das Plantas
Realização: OPARQUE
Produção Executiva: Roberta Taufner
Apoio: Lei Aldir Blanc via Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult-ES)
Idealização: Camila Torres, Juliana Colli, Luis Filipe Porto
Curadoria: Juliana Colli
Site: https://dasplantas.com/
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=VwUoHdSW-wE