Esse caso bem que podia ser um filme de suspense ou drama, mas é real e está bem perto dos capixabas. Numa fase da vida em que os jovens estão cheios de sonhos, fazendo mil planos para o futuro e sequer pensam em perder a saúde ou a vida, a jovem Ricarda Batista Ramos, de apenas 22 anos, não tem mais esse privilégio.
Ricarda já não vê motivos para sonhar e a cada comprimido a menos na única cartela de remédios que tem, perde a esperança de ter um futuro. Sim, essa tem sido a sua rotina. Todos os dias quando acorda, ela verifica a quantidade que resta do único remédio capaz de mantê-la viva.
“Ontem eram 26, hoje só tem 25 comprimidos”, pensa Ricarda que se vê obrigada a praticamente comparar sua expectativa de vida ao número de cápsulas de um medicamento que ela jamais conseguirá comprar sozinha.
Os motivos? O Governo Federal interrompeu o tratamento do qual ela depende por falta de verba e sua família não consegue pagar mensalmente R$ 83 mil para receber uma caixa com 30 comprimidos de Trikafta, sendo R$ 68 mil pelo medicamento e R$ 14 mil para o frete dos Estados Unidos para o Brasil.
Doença do Beijo Salgado
Ricarda é portadora de fibrose cística, uma doença genética crônica, rara, progressiva e incurável que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo, também conhecida como Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose.
A família é de Cachoeiro de Itapemirim e enfrenta um verdadeiro desespero diário desde que a garota foi acometida desta doença. Sua mãe, a dona de casa Carmem Batista, apela para todos os lados tentando ver uma saída para a dramática situação da filha.
Um voto contra tirou o remédio
Ela entrou na justiça mas perdeu a causa e voltou a estaca zero. Restando cerca de três semanas para terminar a cartela de comprimidos, dona Carmem não sabe mais o que fazer e implora por ajuda, afinal de contas é a vida da filha dela que está em jogo.
“O último julgamento foi em outubro mas não saiu nada na Justiça porque foram quatro votos a favor e um contra, e quando isso acontece o SUS não libera o medicamento e a gente volta a estaca zero. Vamos entrar com uma nova petição na terceira instância mas até lá o remédio acaba e ela corre um grande risco de ir para UTI porque os órgãos param de funcionar sem o uso do Trikafta”, explica a mãe.
Segundo ela, esse é o único remédio que estabiliza a doença. “Ele foi indicado pelo SUS, já existe lei para isso, mas a União não libera, é muita burocracia e está ficando cada dia mais difícil. Minha filha já foi para UTI certa vez porque paralisou os pâncreas e ela perdeu 38% da função pulmonar. O desespero vai batendo com o risco de infecções porque o corpo não se defende”, lamenta Carmem.
Uma luz no fim do túnel
Mas essa história pode mudar com ajuda da população. A família está fazendo uma campanha para comprar uma caixa de Trikafta e garantir mais um mês de tratamento para Ricarda.
“Fizemos uma barraquinha para vender churrasquinho em festas, mas o remédio é muito caro e precisamos muito dele para manter os órgãos da minha filha funcionando”.
Vídeo: “Não me vejo no futuro”
Ricarda gravou um vídeo onde revela seu sentimento em relação à vida.
Confira o vídeo aqui:
Como ajudar?
PIX: Chave 28999406509
Rifa: Compre uma rifa por apenas R$ 10,00 e concorra a cinco chapas de granito verde tipo exportação e sem defeitos. O contato da mãe Carmem Batista Ramos é 28 99940-6509