O litoral de Itapemirim foi transformado em cenário de demonstração militar nesta segunda-feira (1º), quando a Marinha do Brasil ativou mais uma etapa da Operação Atlas Anfíbia 2025.
Na Praia do Pontal, diversas embarcações, entre elas, o gigante Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”, maior navio de guerra da América Latina, dominavam a paisagem e atraíam a atenção de moradores e curiosos.


Por depois das 11h, a calmaria visual do mar foi rompida quando os blindados Carros Lagarta Anfíbio (CLAnf) foram lançados da embarcação e avançaram pelo mar até a areia.
A chegada dos veículos foi seguida pela abertura das tampas traseiras e desembarque da infantaria. Em posição, os militares realizaram disparos de festim que simularam a abertura de fogo em cenário hostil.


Em seguida, outra embarcação ‘abicou’ na praia, trazendo caminhões carregados com armamento e peças de artilharia, fundamentais para a sustentação de poder de fogo em solo.

Com a “cabeça de praia” já tomada, as tropas se deslocaram para o interior do município, em área rural, onde se desenrolaram as ações de reconhecimento tático, progressão terrestre e simulação de combate.
As manobras militares continuam até sexta-feira (5).
Drones, helicópteros e guerra tecnológica
Em terra, o exercício entrou em fase de integração aérea: drones ScanEagle foram acionados para varredura visual do terreno, identificação de possíveis alvos e correção de tiro de artilharia.
Também foi empregado um drone tático de ataque — apelidado de “drone kamikaze”, pois se autodestrói na explosão — que atingiu com precisão um alvo simulado em solo.
Além disso, helicópteros militares realizaram aproximação aérea e desembarque de tropas em pontos estratégicos.
Observação internacional
A ação contou com a presença de observadores militares estrangeiros de oito países: Arábia Saudita, Argentina, Camarões, Egito, Espanha, França, Índia e Reino Unido, acompanhando de perto a coordenação brasileira entre meios navais, terrestres e aéreos.
Cerca de 3,4 mil militares mobilizados
Sob coordenação do Ministério da Defesa, a Operação Atlas Anfíbia 2025 envolve aproximadamente 3,4 mil militares — incluindo 1,5 mil fuzileiros navais — e segue no litoral capixaba até sexta-feira (5), em Itaoca e adjacências.




A operação é considerada uma das mais complexas realizadas pela Marinha do Brasil e reforça a prontidão da tropa, além da capacidade anfíbia de projetar poder do mar para a terra.
“Projeção de poder do mar para a terra”, explica comandante
O Capitão de Mar e Guerra Rodrigo de Mello Francesconi destacou a importância do Carro Lagarta Anfíbio na tomada de praia. Segundo ele, o veículo é capaz de transportar 22 combatentes, além de tripulação, atravessando mar agitado e arrebentações com proteção blindada.

“É o meio mais moderno para projetar o poder do mar para a terra. Quando precisamos ocupar uma praia hostil, este veículo garante a segurança das tropas embarcadas e possibilita o avanço mesmo sob fogo inimigo”, afirmou
Segurança nacional e soberania como foco da operação
Já o Capitão de Mar e Guerra Aristone Leal Moura, oficial de operações da Força de Fuzileiros da Esquadra, ressaltou o significado estratégico do treinamento.

Ele afirmou que a operação “conjuga os meios navais com a tropa em terra para conquistar objetivos no litoral do Espírito Santo”, reforçando o preparo dos fuzileiros para cenários reais. Moura destacou ainda que a ação contribui para a segurança e preservação do povo brasileiro e para a garantia da soberania nacional.
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