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Néia Gava: escrever é transformar o comum em algo extraordinário

VOZES LITERÁRIAS apresenta a escritora Néia Gava, que transforma o cotidiano em reflexão poética. Com participações em diversas antologias no Brasil e no exterior, sua escrita revela sensibilidade, profundidade e um olhar atento às sutilezas da vida.

Neia Gava é escritora

Quais são seus autores favoritos e como eles influenciaram seu trabalho?

Os meus escritores favoritos são Machado de Assis, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Rubem Braga, entre tantos outros. Eles sempre marcaram profundamente a minha forma de escrever. Cada um, à sua maneira, me ensinou a valorizar o olhar sensível sobre o cotidiano, a ironia refinada, a introspecção, a poesia e a riqueza dos detalhes. Suas obras me inspiraram (e continuam a me inspirar) a buscar autenticidade e profundidade em cada texto que produzo.


Como você se tornou escritora? Houve algum momento-chave em sua trajetória?

Eu me tornei escritora de forma gradual, como quem constrói um caminho passo a passo. Desde cedo (ainda pré-adolescente), a leitura dos meus autores favoritos — Machado, Clarice, Drummond, Jorge Amado, Rubem Braga, entre vários outros — foi me alimentando de linguagem, imagens e modos de ver o mundo.

Um momento-chave dessa trajetória foi quando percebi que escrever não era apenas registrar ideias, mas dialogar com essas vozes que me formaram; foi aí que entendi que a escrita poderia ser um espaço de expressão autêntica e também de transformação pessoal.

O que a inspira a escrever? Quais são suas principais fontes de inspiração?

O que me inspira a escrever é, sobretudo, a observação da vida em suas sutilezas: os gestos cotidianos, os silêncios, as memórias e até mesmo as inquietações interiores. Minhas principais fontes de inspiração são a literatura dos autores que me inspiram, as experiências pessoais, as conversas que ecoam no pensamento e a própria realidade social, que constantemente provoca reflexões.

Escrever, para mim, nasce desse encontro entre o íntimo e o mundo, entre o sorriso e a lágrima.

“Acredito que é no cotidiano, aparentemente simples, que se revelam as maiores complexidades da vida.”

Você tem um gênero ou tema preferido para escrever? Por quê?

Gosto, especialmente, de ler e escrever sobre temas ligados ao cotidiano e à subjetividade, porque acredito que é nesse espaço, aparentemente simples, que se revelam as maiores complexidades da vida.

Os gêneros que mais me atraem são a crônica, a poesia e o romance (psicológico, realista, social, histórico, entre outros), pela liberdade de observar e transformar pequenas cenas em reflexões maiores. É uma forma de narrativa introspectiva, na qual encontro um caminho para aprofundar emoções e pensamentos que, muitas vezes, ficam escondidos no silêncio.

Você tem alguma dica para escritoras iniciantes?

Acredito que o caminho da escrita se constrói com paciência e entrega. Minhas dicas para quem está começando são simples, mas essenciais: ler muito, experimentar a escrita todos os dias, observar o mundo com atenção e deixar que as pequenas coisas inspirem grandes histórias. Revisar com carinho e buscar autenticidade no que se escreve também são passos fundamentais.

É importante, ainda, não ter medo de errar. Afinal, cada palavra escrita é um avanço na construção da própria voz.

Quais são seus próximos projetos e o que podemos esperar deles?

Os meus próximos projetos literários seguem a linha de explorar o cotidiano e as emoções que nele se escondem. Quero reunir textos que misturem poesia e reflexão, proporcionando ao leitor um olhar sensível sobre gestos simples e memórias que nos transformam. O que se pode esperar dessas obras é um convite à intimidade, à escuta, às reflexões líricas e à delicadeza de enxergar o extraordinário no que parece comum.


O projeto Vozes Literárias é uma realização do coletivo Escritoras Cachoeirenses com apoio do portal de notícias Dia a Dia e do HOSPITAL EVANGÉLICO.

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