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O filme Soul, a alma do negócio e um parque de diversão

olivia-15-08-2023
Olivia Batista de Avelar

Na história da humanidade, em algum dado momento evolutivo, nós, seres humanos, nos conferimos uma parte eterna, algo que permanecerá vivo depois da morte do nosso corpo datado e perecível.

Houve períodos da história quando povos inteiros tiveram seu direito a ter uma alma negado por aqueles que dominavam suas vidas e suas maneiras de enxergarem a si mesmos; muitos povos escravizados pelo tom da pele ou por serem estrangeiros, apesar de inegavelmente humanos, não eram considerados dignos de terem alma. A raça/povo dominante mantinha só para si tal privilégio de não se considerar absolutamente mortal.

O filme Soul, animação da Pixar lançado em janeiro de 2021, nos questiona não mais sobre quais raças ou povos humanos têm alma, mas o quanto e com o que podemos alimentar/nutrir nossa parcela abstrata e intangível com aquilo que fazemos, sentimos e vivemos.

Aparentemente, chegamos a discussão um pouquinho mais para frente: não basta alimentarmos nosso corpo e mantê-lo saudável para nos sentirmos felizes. É preciso encontrar aquilo que viemos aqui para cumprir, nossa contribuição única e irrepetível, aquilo que satisfaz a nossa alma. Criamos a fera e ela precisa comer.

Se “a propaganda é a alma do negócio” , se as empresas têm “missão e propósito”, se um produto tem “vida longa, curta, ou tem sua obsolescência programada” ao nascer, estaríamos nós conferindo ainda mais vida ao mundo das ideias, humanizando o que é externo a nós, presenteando com uma alma tudo que tocamos, da mesma forma que, um dia, no alvorecer da consciência, conferimos essa abstração a nós mesmos?

A animação nos aponta um caminho de reconciliação: e se forem os nossos sentidos os responsáveis por nutrirem nossa alma? E se a nossa parcela mais material for a provedora do nosso espírito, e não sua danação?

Seria possível reconciliar a dicotomia cristã que relega o pecado ao corpo e confere a salvação à alma? E se forem os sabores, os cheiros, o toque da pele de quem amamos, os sons que elevam e comovem, os mosaicos de luz que ardem os nossos olhos quando levantamos o olhar para as folhas de uma árvore em um cair de tarde amarelado e bonito, os reais responsáveis pelo êxtase do espírito que já procuramos nas religiões, nas vitórias sangrentas, nas conquistas de novos mundos, no trabalho, na carreira, no status, na ascensão social, no casamento, ou em qualquer lugar lá fora?

E se for o nosso próprio corpo a fonte inesgotável que alimenta nossa alma de prazer e encantamento? E se for a nossa própria rotina o lugar onde podemos buscar nossa emoção e completude?

Será que podemos, finalmente, nos sentirmos liberados da aprovação de Deus e dos outros e, despidos de propósitos e metas e buscas por aquilo que preencha a nossa alma, olharmos para cada célula que ganhamos ao nascer não como quem respeita um corpo que é um templo, mas como quem habita um corpo que é seu próprio parque de diversão?

Reconciliados: a dança como a alma do corpo, e o gozo como a maneira que a alma encontra para sorrir.

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