Organizações lideradas por mulheres negras no Espírito Santo já podem se inscrever no CaptaPreta – Incidência que Transforma.
Ele é um programa gratuito de formação voltado para ampliar a capacidade de captação de recursos, fortalecer a regularização jurídica e garantir a sustentabilidade institucional de iniciativas negras no estado.
A formação é promovida pelo Instituto Novo Viver, Conectando Mulheres e Ministério da Igualdade Racial.
A formação acontece em parceria com o Instituto Conexão Perifa e tem o apoio da Secretaria Estadual de Mulheres, Secretaria de Direitos Humanos e Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp).
As inscrições seguem até 20 de dezembro, e podem participar organizações capixabas com atuação em territórios periféricos e protagonismo de mulheres negras.
Isso inclui mulheres negras LBTs, de religiões de matriz africana, vivendo com HIV, com deficiência ou em situação de rua. Cada instituição poderá indicar até três representantes.
Ao todo, 20 organizações serão selecionadas, e as 10 mais destacadas receberão um notebook ao final da formação.
Curso mira avanço da autonomia financeira e política de iniciativas negras
A proposta do CaptaPreta é enfrentar um desafio histórico: a dificuldade que organizações negras têm para acessar editais, recursos públicos e financiamentos privados.
Esse bloqueio estrutural limita a continuidade de projetos essenciais para comunidades periféricas e quilombolas.
A formação, que terá seis meses de duração a partir de 20 de janeiro, combina encontros presenciais e online e percorre conteúdos estratégicos:
– Regularização jurídica e documentação necessária para o Terceiro Setor;
– Captação de recursos e estratégias para acessar editais e parcerias;
– Emendas parlamentares: como acessar, executar e prestar contas;
– Gerenciamento de projetos sociais;
– Marco Regulatório das OSCs (MROSC) e sua aplicação prática.
Para participar, a organização precisa atuar no Espírito Santo, ter no mínimo seis meses de atuação comprovada nas áreas de igualdade racial, gênero, cultura negra ou direitos humanos, e ser liderada por pessoas negras.
Os representantes inscritos devem cumprir pelo menos 80% da carga horária.
Iniciativa fortalece vozes e territórios negros no Espírito Santo
Para entidades que trabalham com forte engajamento comunitário, o acesso à formação técnica significa ampliar impacto e conquistar espaço em processos decisórios.
“Este projeto rompe uma barreira histórica que impede organizações negras de acessarem recursos e ferramentas essenciais para existir e crescer”, afirma Crislayne Zeferina, do Conexão Perifa, organização do Território do Bem, em Vitória.

“Quando fortalecemos lideranças negras, fortalecemos territórios inteiros. É sobre autonomia, continuidade e poder de transformação”, enfatiza.
A lista das 20 organizações selecionadas será divulgada em 31 de dezembro.
Serviço
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