“Perdi muito tempo até aprender que não se guarda as palavras. Ou você as fala, as escreve, ou elas te sufocam.”
Clarice Lispector
Eu, como escritora, já ouvi isso árias vezes, e o que posso responder, ainda que de forma mesquinha, é: eu escrevo para mim.
Foi a maneira que encontrei para me expressar, para dar vazão àquilo que penso e sinto, para dar vez as “vozes da minha cabeça”. Escrevo, muitas vezes, para me entender, para me ajustar e para ouvir o que grita meu coração.
Escrevo para construir universos, viver aventuras e amores, porque quero deixar um legado para o mundo, para alguém um dia ler e se lembrar de mim.
Escrevo porque transbordo, e as palavras são a minha libertação, muito mais do que falar ou agir. E mesmo os textos para outras pessoas ainda são sobre mim, sobre tudo o que vejo e sinto.
Pode soar egoísta, mas é real.
Escrevo para que me vejam ali, mesmo meus pedaços vivos e expostos, eternizados como obras de arte…