Cercada de lendas, mistérios e histórias de combates entre franceses e portugueses, a Ilha dos Franceses, situada entre as praias de Itaoca e Itaipava, em Itapemirim, no Litoral Sul, é destino de centenas de visitantes todos os dias durante o verão.
Diariamente, embarcações saem da Praia de Itaoca em direção à ilha, situada a três quilômetros da costa, levando turistas até o formidável ponto turístico.
Os visitantes normalmente não adentram a ilha. Nem é aconselhável, pois além de ser uma área de preservação, a vegetação da ilha abriga jararacas. O objetivo principal deles é o mergulho nas águas cristalinas que circundam o ponto turístico.
A ilha já foi cenário de batalhas entre portugueses e franceses no século 16. Até hoje, balas de canhões presas debaixo de pedras comprovam o conflito.
O professor e historiador Luciano Retore conta que a ilha recebeu esse nome porque serviu como espécie de base naval para os navios franceses que se preparavam para invadir o Rio de Janeiro.
Algumas pessoas até hoje acreditam que o farol foi construído pelos franceses no século 16, mas dados históricos apontam que a estrutura foi edificada há cerca de 140 anos a mando do imperador Dom Pedro II.
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A ilha foi visitada em 1951 por Augusto Ruschi, que encontrou na Gruta do Judeu, uma espécie de morcego pescador que se alimenta de manjubas, sardinhas e camarões.
Tantas histórias geraram lendas. Uma delas é sobre a mesma Gruta do Judeu, que teria um extenso túnel subterrâneo que atravessa o mar até o Monte Aghá, em terra, na divisa entre Piuma e Itapemirim, a 15 km de distância.
No entanto, quem conhece o local alerta para o risco de caminhar pela ilha. É que o terreno é repleto de jararacas. Relatos de pessoas picadas pelas serpentes são comuns.
COMO CHEGAR
O passeio até a ilha é feita de escuna, com embarque próximo às pedras na Praia de Itaoca, em Itapemirim. A viagem dura 1h50, com banho em dois pontos da ilha.